SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, nesta quarta-feira (7), durante entrevista ao UOL News que após a aprovação da PEC da Transição pelo Senado, a Câmara deverá fazer um "esforço de sensatez" para diminuir os valores aprovados fora do teto de gastos. Aécio criticou os valores propostos pela equipe de transição do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou ser necessária uma busca pelo equilíbrio fiscal.

"O que nós vamos fazer aqui [na Câmara] é o esforço da sensatez para diminuir um pouco esses valores em benefícios e, quem sabe, [encontrar] um equilíbrio fiscal futuro que deve ser sempre buscado", disse.

O deputado ainda afirmou que a busca é por uma melhoria na PEC e defendeu que o valor aprovado para ser aplicado fora do teto de gastos deve ser de algo em torno de R$ 80 bilhões por ano.

"Nós queremos fazer com que esse valor chegue mais próximo daquele inicial proposto pelo PSDB no senado e talvez com uma dinâmica diferente da atual. Inexoravelmente vai ter que haver uma negociação daqui a dois anos e eu não acredito em sucesso de governo que já começa propondo uma gastança maior, porque lá na frente ele não freará isso e será refém disso".

Sobre a possibilidade de compor a base do governo do PT, Aécio rechaçou a possibilidade ao citar diferenças e embates históricos entre os dois partidos.

"Tenho defendido que o PSDB deva se manifestar de forma clara como oposição ao atual [futuro] governo, até porque nós temos uma divergência histórica do ponto de vista econômico em relação ao PT que se acentua agora nessas primeiras movimentações do governo".


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