SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa acelerou o ritmo de alta e o dólar cai mais no início da tarde desta terça-feira (17), com analistas considerando positivas as sinalizações dadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a política fiscal do governo, e a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China.
Às 13h45 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,75% a 111.127 pontos. O dólar comercial à vista tinha baixa de 0,71%, a R$ 5,110.
Os juros operam em baixa nesta terça. O contrato com vencimento em 2024 saía dos 13,55% do fechamento desta segunda-feira (16) para 13,48% ás 13h45. Para 2025, a queda é de 12,66% para 12,52%. Para 2027, de 12,48% para 12,36%.
Os sinais dados pelo ministro Haddad, que participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, sobre a política fiscal a ser adotada pelo governo são bem recebidas pelo mercado.
A Mirae Asset ressalta a notícia de que o ministro não vai interferir na troca de posições importantes do Banco Central (BC), segundo reportagem da CNN. Além disso, Haddad quer se aproximar de Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, com reuniões mensais.
"Esta é uma ótima notícia para o mercado. Outra é que a reforma tributária se consolida", afirma o time de analistas da Mirae.
Apesar de ser o pior resultado desde 1976, excluindo o ano de 2020, quando começou a pandemia, o crescimento de 2,9% da economia chinesa em 2022 ficou acima da expectativa de economistas ouvidos pela Reuters, que era de 1,8%.
O resultado ajuda a impulsionar as cotações internacionais de materiais básicos, como o petróleo, e reflete nas ações que têm pesos importantes no Ibovespa. O barril do tipo Brent subia 1,53% às 13h50 (horário de Brasília), para US$ 85,75. As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras sobem 4,70% e 5,03%, respectivamente.
A ação ordinária da Americanas continua apresentando volatilidade, e às 13h50, subia 3,09%, depois de subir mais de 20% na máxima do dia. Nesta segunda-feira, o papel caiu quase 40%.
Além das tentativas do BTG Pactual de tentar receber os valores devidos pela varejista, inclusive com recurso para derrubar a proteção fornecida pela Justiça que impede a cobrança de dívidas, o Bank of America também entrou com um questionamento para liquidar os contratos de derivativos feitos com a Americanas e assim, saber o tamanho da sua exposição.
A S&P Global rebaixou a nota de crédito da Americanas de "B" (na escala global) e de "brA-" (na escala nacional Brasil) para "D", o que significa situação de default (calote), segundo relatório divulgado nesta segunda-feira.
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