SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar subia acentuadamente frente ao real logo após a abertura desta sexta-feira (3), com investidores reagindo negativamente a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência do Banco Central, enquanto o mercado também espera a divulgação de um relatório de emprego do governo dos Estados Unidos.
Às 9h09 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 1,27%, a R$ 5,1097 na venda, próximo de zerar as perdas que acumulava na semana.
Na B3, às 9h09 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,13%, a R$ 5,1300.
Nesta quinta (2), a moeda fechou nos R$ 5,04, o menor patamar desde 29 de agosto de 2022.
A forte queda foi impulsionada pela decisão do Banco Central de manter a Selic (taxa básica de juros) em 13,75% ao ano e pela entrada de fluxo estrangeiro no mercado brasileiro.
O tom duro da autarquia ao justificar sua decisão, alertando para a incerteza fiscal e a pressão inflacionária, foi lido por analistas como um sinal de que os juros não devem cair neste ano -tornando, assim, a moeda brasileira atraente para investidores estrangeiros.
O recuo do dólar foi impulsionado também pela decisão do Federal Reserve, o banco central americano, de elevar sua taxa de juros em 0,25 ponto, uma desaceleração em relação a aumentos anteriores para o combate à inflação.
As incertezas no cenário político e fiscal, porém, ainda trazem volatilidade para o câmbio, afirma Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest.
As novas críticas do presidente Luís Inácio Lula da Silva ao teto de gastos, que incluíram a possibilidade de rever a independência do Banco Central, elevaram o dólar pouco antes do fechamento. A moeda chegou a ser negociada nesta quinta a R$ 4,94.
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