SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Enquanto anunciava parceria com o governador de SP, Tarcísio de Freitas, para definir ações de socorro ao litoral do estado atingido pelas chuvas, Lula orientou o Ministério da Fazenda a organizar também uma reação com o setor privado para levar medicamentos e outros produtos ao local.
O contato do governo para chamar o empresariado para os esforços foi feito pelo secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ex-banqueiro destacado desde a campanha presidencial para fazer a ponte do diálogo petista com o setor privado.
Segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma, quando as chuvas atingiram a Bahia com outro rastro de destruição há cerca de um ano, a ação da gestão Bolsonaro para atrair a participação das empresas se deu por meio de requisições administrativas, em que o governo obriga a indústria mediante posterior indenização. "Desta vez foi por meio de diálogo, parcerias dos governos e reação das empresas para ajudar", afirma.
Na manhã desta terça (21), circulou no setor farmacêutico uma lista da prefeitura de São Sebastião que apontava a falta de produtos como morfina, diazepam e agulhas.
Entre as companhias que enviaram carregamentos estão Aché, Cimed e Eurofarma. Na noite de segunda, o empresário João Camargo, do grupo Esfera Brasil, divulgou nas redes sociais que a EMS iniciaria as doações a pedido de Galípolo.
O CEO da farmacêutica Blau, Marcelo Hahn, mandou helicóptero com os produtos. O hospital Sírio-Libanês também enviou remédio e materiais.
Empresas como JSL, UniHealth, de logística hospitalar, e Rioclarense atuaram na distribuição. A Fiesp, por meio de Sesi e Senai, atuou na arrecadação de cestas básicas.
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