SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entenda por que o início do ano tem concentrado tantos anúncios de renegociações de dívidas por empresas brasileiras. O que explica a estratégia da Netflix de reduzir preços em mercados menores enquanto a realidade no streaming é de corte de custos e outras notícias do mercado nesta sexta-feira (24).

**NETFLIX CORTA PREÇOS PARA ABRIR NOVOS MERCADOS**

A Netflix confirmou nesta quinta que reduziu preços de seus planos em alguns países, em uma tática inusual para o momento atual do streaming, caracterizado pelo corte de custos após o boom observado na pandemia.

Segundo o Wall Street Journal, os cortes são focados em mais de 30 mercados onde a pioneira do streaming não tem forte presença, como em países do Oriente Médio, da África subsaariana e partes da América Latina e Ásia.

Procurada no Brasil, a Netflix não comentou o assunto de imediato.

O que explica: a estratégia, que leva em conta a diminuição do preço em até pela metade em alguns locais, é uma tentativa da Netflix de diversificar sua atuação para além dos grandes mercados em que já é forte e onde há uma estabilização no número de novas assinaturas.

A aposta contrasta com a ideia da companhia para centros como EUA, Europa e Brasil, onde ela deve começar em breve a cobrar uma taxa adicional pelo compartilhamento de senhas entre pessoas que não moram na mesma casa.

Mostramos aqui como deve funcionar a cobrança.

Para esses mercados, a empresa também disponibilizou no ano passado uma versão de assinatura mais barata e com anúncios.

**O QUE EXPLICA O 'BOOM DE CRISES'?**

Anúncios de renegociações de dívidas pelas companhias, principalmente as ligadas ao varejo e consumo, pipocaram nas últimas semanas no mercado brasileiro, ajudando a derrubar as ações dessas empresas na Bolsa.

Por que o início de 2023 concentrou esse "boom de crises"? É uma combinação de fatores estruturais, como o alto patamar de juros, e um mercado de crédito ressabiado depois do estouro do escândalo contábil da Americanas.

Se o primeiro fator dificulta a rolagem de dívidas das empresas, especialmente aquelas que financiam seus consumidores, como as do varejo, o segundo fez os bancos pisarem no freio na oferta de crédito e reavaliarem os casos de companhias em dificuldade.

Uma que está passando por isso é a tradicional varejista de moda Marisa, cujas ações acumulam queda de quase 50% desde o dia 2 deste mês.

Na data, a companhia comunicou ao mercado a troca de CEO e a contratação do BR Partners e da Galeazzi Associados para assessoria financeira.

A empresa acumula uma dívida de quase R$ 600 milhões, com R$ 200 milhões vencendo neste ano.

Também passaram por processos semelhantes a CVC e a distribuidora de energia Light ?que vive seu "inferno astral" particular.

O caso mais recente de empresa no aperto é o da Tok&Stok, que é alvo de uma ação de despejo em um galpão logístico em Extrema (MG).

Analistas apontam que, depois do boom de pedidos na pandemia, a companhia não se preparou para o cenário azedo de agora, e passou a queimar caixa.

Em situação ainda mais complicada estão Americanas e Oi, que pediram recuperação judicial ?no caso da tele, pela segunda vez.

Contra a varejista, pesa a briga escancarada com os bancos credores, que afirmam ter ocorrido fraude na companhia.

No caso da Oi, complica o fato de um novo pedido poucos meses depois de ela ter saído de uma longa reestruturação, e, desta vez, sem grandes ativos para se desfazer.

Opinião: Fantasma da crise de crédito ronda a economia, mas ainda é invisível, escreve o colunista Vinicius Torres Freire.

**DÊ UMA PAUSA**

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Regus Patoff, um homem de negócios interpretado por Christoph Waltz (ganhador do Oscar por "Bastardos Inglórios"), assume interinamente uma empresa de games após seu fundador ser assassinado.

A chegada de Patoff ao cargo acontece graças a um documento assinado pelo fundador pouco antes de sua morte, que acaba o colocando à frente de uma empresa mal gerida e à beira da falência.

Seus métodos pouco ortodoxos, que incluem cheirar funcionários em busca de odores que o incomodam, e pouco moderninhos, como a interrupção imediata do home office, geram incômodos entre os trabalhadores, que desconfiam dos caminhos que o levaram à chefia.

"O fato é que estamos presenciando uma mudança na forma de se liderar um negócio. Ou não. Ainda precisamos aguardar para ver, e para ver se uma mudança seria para melhor. Mas é uma trama que espelha a realidade, em especial o que é a força de trabalho millennial, que me assusta de tão conformada e obediente que é", afirmou o ator Christoph Waltz em entrevista a jornalistas.

Além da economia

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