SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Abras (associação que representa o setor de supermercados) divulgou um comunicado nesta sexta-feira (3) dizendo que cobrou das vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton a implementação de medidas contra a violação de direitos humanos e trabalhistas.
A cobrança foi feita depois da revelação do caso de um grande resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão na colheita de uva em Bento Gonçalves (RS), que trabalhavam para duas empresas contratadas pelas vinícolas.
Em nota, a Abras disse que repudia o acontecimento e que vai acompanhar o desenrolar do caso junto às vinícolas, fornecedoras de produtos para os supermercados.
"As vinícolas assumiram o compromisso de cumprir a legislação trabalhista vigente e proibir qualquer tipo de violação aos dispositivos legais, além de promover práticas congruentes de governança e ações de análise e capacitação da cadeia produtiva da vitivinicultura, realizar due diligence para homologação e auditorias externas sobre práticas trabalhistas, ampliar a divulgação dos canais de denúncia e adotar medidas complementares", afirmou a Abras, que pediu um cronograma de implementação às empresas.
Nesta semana, o supermercado Zona Sul, do Rio de Janeiro, anunciou a suspensão das vendas do suco de uva Aurora.
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