SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos e ao combate ao racismo pedem a condenação do vereador Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias de Sul (RS), em R$ 1 milhão como reparação por danos morais e coletivos.
Na terça-feira (28), Fantinel disse, em discurso na tribuna do Legislativo municipal, que empresas e produtores rurais deveriam contratar funcionários "limpos" para a colheita da uva, como os argentinos, e não deveriam buscar "aquela gente lá de cima".
A afirmação do parlamentar era uma reação à operação que, dias antes, resgatou trabalhadores, a maioria vinda da Bahia, em situação análoga à escravidão. Eles eram contratados por uma empresa que prestava serviço às vinícolas Salton, Aurora e Cooperativa Garibaldi, que dizem não ter conhecimento da situação.
Fantinel depois pediu desculpas e atribuiu os ataques a um "lapso mental". Então filiado ao Patriota, ele foi expulso da sigla.
Na ação civil pública protocolada na sexta-feira (3) na Justiça de Caxias do Sul, as entidades defendem que a indenização precisa ser paga para reparar o "dano moral coletivo e dano social infligidos à população pobre e à população negra do Brasil, em razão da fala racista, intolerante e xenofóbica do vereador Sandro Fantinel contra a população baiana".
Com Fernanda Brigatti, Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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