SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em leve alta nesta segunda-feira (6), em um dia de agenda econômica mais esvaziada. Às 9h43, a moeda americana tinha variação positiva de 0,04%, sendo vendida a R$ 5,20 à vista.

Mas a expectativa é de uma semana agitada, com indicadores importantes reservados especialmente para a próxima sexta-feira (10), quando serão divulgados o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro no Brasil, e os dados de empregos nos Estados Unidos.

Antes destes anúncios, os investidores ficarão atentos também à divulgação do Livro Bege, documento que faz um resumo do panorama econômico e que serve de base para as decisões do Fed (Federal Reserve, o banco central americano). Haverá ainda dois discursos do presidente do Fed, Jerome Powell.

O Ibovespa abria com viés positivo nesta segunda-feira, em meio a ajustes após acumular duas semanas de queda, com as atenções voltadas para mais sinalizações sobre a nova regra fiscal do Brasil, enquanto cena corporativa destacava acordo da Azul com empresas de leasing, além do balanço da aérea.

Às 10h05, o Ibovespa subia 0,28 %, a 104.155,39 pontos.

No mesmo horário, o contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de abril, avançava 0,33%, a 105.300 pontos.

A Bolsa fechou em alta nesta sexta-feira (3), com contribuição decisiva das ações da Petrobras e de outras exportadoras. Dados mostram uma forte retomada da economia chinesa, o que impacta diretamente esses papéis.

O dólar, que subia ante o real até o início da tarde, fechou em leve queda, abaixo dos R$ 5,20. No começo do dia, declarações de membros do governo criticando o Banco Central pesaram mais. Nesta tarde, o desempenho está mais alinhado com o cenário internacional.

O Ibovespa fechou o dia em alta de 0,64%, a 103.992 pontos. Na semana, o índice acumulou queda de 1,8%. O dólar comercial à vista fechou em baixa de 0,11%, a R$ 5,199. Em relação à semana passada, a moeda ficou praticamente estável.

O mercado de juros futuros fechou com leves altas. No vencimento em janeiro de 2024, a taxa saiu dos 13,34% ao ano do fechamento desta quinta-feira (2) para 13,38% ao ano. Para janeiro de 2025, os juros subiram de 12,79% para 12,85%. Para janeiro de 2027, a taxa fechou estável em 13,18%.

Na madrugada desta sexta, foi divulgado o índice de atividade do setor de serviços na China, o PMI, que passou de 52,9 pontos em janeiro para 55 pontos em fevereiro. Quando este índice fica acima de 50, ele indica aceleração no desempenho do segmento. Quanto mais alto, maior o ritmo de crescimento.

A China é uma das maiores consumidoras de petróleo e minério de ferro do mundo, e a aceleração econômica indica que haverá maior demanda pelos produtos.

As ações da Petrobras, que começaram o dia influenciadas pelas incertezas sobre a política de preços, fecharam com altas de 3,64%, no caso das ordinárias, e de 4,30% nas preferenciais. Os papéis ordinários de 3R Petroleum e PRIO subiram 4,89% e 2,21%, respectivamente. O petróleo do tipo Brent sobe 1,45%, com o barril se aproximando do patamar de US$ 86.

As siderúrgicas e outras exportadoras também se beneficiam desta melhora da economia na China. As ações ordinárias da CSN e da CSN Mineração avançaram 2,64% e 2,46%, respectivamente. O papel preferencial classe A da Usiminas fechou em alta de 1,12%. A ordinária da Suzano subiu 3,21%, e a ordinária da JBS se valorizou 1,60%.

Nos Estados Unidos, os índices de ações também sobem. Por lá, os investidores tentam se posicionar sobre como será o comportamento da economia após os dados de janeiro virem acima do esperado, e a reação do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) a este ambiente.

O índice Dow Jones fechou o dia em alta de 1,17%. O S&P 500 avançou 1,61%. O Nasdaq encerrou com alta de 1,97%.

Já o câmbio se alinhou à trajetória do DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas globalmente relevante. O índice tinha queda de 0,48% perto das 19h00 (horário de Brasília).

Segundo analistas, o dólar reagiu principalmente ao noticiário doméstico. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, nesta quinta-feira (2), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizendo que o país não pode ser seu refém.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, considerou positivo o resultado do Produto Interno Bruto divulgado nesta quinta-feira (2) e acrescentou que agora espera um gesto do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros.


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