SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - João Galassi, presidente da Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços) e da Abras (associação dos supermercados), reuniu-se com parlamentares que atuam nas negociações em torno da disputa sobre o comando do Sebrae e pediu que o estatuto seja alterado antes da deposição de Carlos Melles, atual presidente da entidade.

Galassi defende que Melles permaneça no cargo até que uma nova diretriz do Sebrae seja votada. A ideia é que as eleições passem a seguir o início dos mandatos da Presidência da República.

"Esse estatuto foi mal elaborado, gerando toda essa confusão. Por isso, sugiro à FCS [Frente Parlamentar do Comércio e Serviços], que está na defesa da democracia e do Sebrae, que entre em campo para um acordo, estabelecendo uma composição justa", disse Gallassi em nota.

O governo Lula quer destituir Carlos Melles durante a reunião do conselho deliberativo do Sebrae, marcada para esta quinta-feira (30). O entendimento é que Melles, eleito no fim do ano passado para seu segundo mandato no Sebrae, seria um nome ligado ao ex-presidente Bolsonaro. O ex-deputado federal Décio Lima (PT) é o cotado para substituí-lo.

Galassi pede união entre as confederações do setor com cadeira no conselho do Sebrae para evitar conflitos com o governo federal. "Não vale a pena brigar com o comércio e nós, como bons comerciantes, não queremos brigar com o governo", disse.

A FCS lançou um manifesto sobre o caso nesta semana, assinado pelo senador Efraim Filho (União-PB) e pelo deputado Domingos Sávio (PL-MG). Para eles, os atuais dirigentes já deram demonstrações de que a entidade seguirá aliada ao Executivo independentemente do alinhamento partidário.


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