SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo federal anunciou nesta segunda-feira (10) o primeiro concurso público da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, autorizou a abertura de seleção para 814 vagas no MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação).
Todos os postos de trabalho são para curso superior, sendo 296 vagas para analista em ciência e tecnologia, 253 para pesquisador e 265 para tecnologista. Os salários não foram divulgados na portaria publicada no Diário Oficial da União.
A publicação do edital de abertura do concurso público deve ocorrer em até seis meses. Caso contrário, ele será cancelado.
O concurso é o primeiro a ser realizado no MCTI desde 2012. Na ocasião, foram abertas 510 vagas para cargos em nível médio, técnico e superior.
De acordo com a pasta, a seleção deste ano servirá para reestruturação do quadro de funcionários nas unidades de pesquisa do ministério.
O concurso é o primeiro da gestão Lula. Na semana passada, Dweck afirmou que lançaria o primeiro bloco de concursos nesta segunda-feira (10) e explicou que ainda haverá mais três blocos durante o ano.
A ministra disse que a prioridade será órgãos com déficit de servidores. "Várias áreas estão com dificuldade. Foi um período de muito desmonte, praticamente sem nenhum concurso", afirmou Dweck em entrevista a veículos da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) na semana passada.
O lançamento do bloco ocorre justamente no dia que a gestão completa 100 dias de governo. No período, houve ênfase na reciclagem de programas de governos petistas anteriores, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, e dificuldade em avançar em projetos inéditos ligados à economia.
Na campanha eleitoral de 2022 e em seu programa de governo, Lula fez mais de 80 promessas para a economia. Na última terça-feira (4), a Folha procurou os 19 ministérios responsáveis por cada um dos temas, além de Petrobras e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), questionando o estágio dos objetivos estipulados pelo presidente.
Apenas seis ministérios responderam objetivamente. Outros cinco e a Conab disseram que a Casa Civil concentraria os pedidos. O restante não se pronunciou.
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