SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O índice de atividade na construção medido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) registrou em março o quinto mês consecutivo de queda, chegando a 49,5 numa escala que vai até 100. Apesar de seguir abaixo dos 50 pontos, o indicador apresentou recuperação em relação a fevereiro, sinalizando que o recuo do setor foi menos intenso.

Essa baixa reflete o pessimismo do empresariado com os rumos da economia. O índice de confiança, outro termômetro da CNI, alcançou o menor patamar em dez meses.

O relatório mostra que a taxa de juros, considerada elevada, a carga tributária e a dificuldade na aquisição de matéria-prima estão contribuindo com o pessimismo na construção.

De acordo com a confederação, os indicadores que avaliam a percepção dos empresários sobre a economia e as condições das empresas são os menores desde abril de 2021.

Isso se deve à forte onda de saques às cadernetas de poupança, cujos recursos financiam parte relevante das vendas de imóveis residenciais do país. Também pesou o descasamento entre os valores dos imóveis compatíveis com financiamento pelo FGTS (fundo de garantia) em meio ao avanço da Selic para 13,75% ao ano.


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