BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, negocia uma indicação para a diretoria de relações institucionais da Petrobras.

Já pediu apoio a dois importantes padrinhos políticos no MDB. No fim do ano passado, Carreiro conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que estava cansado do trabalho fora do Brasil.

Sinalizou intenção de ocupar cargos de compliance ou de risco em estatais das quais alega ter "conhecimento técnico". Queria Itaipu, por ter afinidade com o setor elétrico, mas durante o papo surgiu a ideia de abrigá-lo na Petrobras.

Ao final, Lula disse que encontraria um espaço para ele na administração federal.

Interlocutores do embaixador afirmam que ele está descontente com seu salário ?cerca de US$ 8 mil mensais. Acha injusto ganhar menos do que os demais embaixadores por não ter feito carreira diplomática.

Ele avalia que está com a "missão cumprida" após passar 1 ano em Portugal e ter acompanhado Lula durante a visita ao país europeu semana passada. O presidente assinou 13 acordos bilaterais nas áreas de educação, justiça, saúde, economia e cultura.

Carreiro foi ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e, em janeiro de 2022, antecipou a aposentadoria em uma negociação com o governo Jair Bolsonaro para abrir uma vaga na Corte de Contas. Em troca, ele foi nomeado para a embaixada sem ter experiência nessa área.


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