BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A oferta de até R$ 37,5 bilhões da Adnoc, empresa controlada pelo governo de Abu Dhabi, e do fundo americano Apollo pelo controle da Braskem entrou no radar do Palácio do Planalto.
A Petrobras, detentora de 38% das ações com voto na petroquímica, destrincha a proposta. Há uma predisposição do governo a dar aval, segundo assessores que acompanham esse assunto.
Em viagem oficial aos Emirados Árabes Unidos, o presidente Lula soube da intenção do governo de Abu Dhabi de assumir o controle da Braskem.
Na ocasião, Lula não disse sim, nem não, mas demonstrou satisfação com o interesse da Adnoc.
Também foi informado da disposição dos árabes em assumir os danos causados pelo afundamento do solo em uma bairro de Maceió (AL), decorrente da exploração de sal-gema em uma mina do grupo hoje desativada.
Esse é um complicador político para o avanço do negócio. A Novonor (ex-Odebrecht) já foi chamada a prestar esclarecimentos ao Congresso sobre a proposta.
A oferta não vinculante foi enviada para a Novonor, hoje maior acionista, prevê R$ 47 por ação e estende esse valor a todos os acionistas. No total, a operação movimentaria até R$ 37,5 bilhões.
O grupo árabe quer, no entanto, o controle. Hoje, a Novonor detém pouco mais de 50% das ações com voto e a Petrobras, 38%.
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