SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) disse nesta quinta (25) que um dos principais desafios de quem discute a reforma hoje é acertar uma alíquota que não produza aumento de preços de produtos e serviços.

O parlamentar defende que, além de uma alíquota única do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a reforma também tenha uma alíquota de equilíbrio para setores que prestam serviço direto ao cidadão, como transporte e saúde. Lopes também defende zerar a alíquota em alguns casos.

"Se tiver três alíquotas, é uma grande vitória", disse o deputado durante evento que acontece na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pelo Dia da Indústria.

Lopes disse que as mudanças que serão propostas no relatório da reforma é para que se possa chegar a uma convergência entre os políticos e os distintos setores econômicos. "O melhor texto é o que vai garantir a aprovação", declarou.

O parlamentar também reiterou que a reforma deve ser votada na Câmara ainda no primeiro semestre. "Pela primeira vez conseguimos construir um alinhamento político para aprovar a reforma".

MUDANÇAS VÃO AJUDAR AGRONEGÓCIO, DIZ COORDENADOR

Um dos setores que mais criticam a reforma tributária, o agronegócio foi diversas vezes citado durante o evento. Lopes disse que as mudanças irão apoiar o setor, o que foi reforçado pelo deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), que também tem participado das discussões da reforma.

Segundo Lippi, o agronegócio exporta quase 10% de imposto hoje. Como a reforma deve desonerar completamente a exportação, o setor será beneficiado com as mudanças propostas, de acordo com o deputado.

O deputado afirmou que o setor critica a reforma tributária por desconhecer o conteúdo do que está sendo proposto.


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