SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em leve queda nesta terça-feira (30) após um dia com baixo volume financeiro por conta de um feriado nos Estados Unidos. Investidores acompanham o acordo para aumentar o teto da dívida americana fechado entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o líder republicano Kevin McCarthy.
Agora, o texto precisa passar pelo Congresso, onde pode enfrentar resistência da maioria oposicionista na Câmara dos Deputados do país.
Apenas o anúncio da resolução do impasse, porém, já tranquilizou o mercado, que operava em cautela há semanas temendo um possível calote dos EUA caso não houvesse um acordo até o dia 1° de junho, prazo definido pelo Tesouro para honrar o pagamento de dívidas do país.
Às 9h04 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,06%, a R$ 5,0088 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,24%, a R$ 5,0090. Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0116 na venda, com alta de 0,53%.
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (29), dia de movimento baixo nos mercados globais em razão de um feriado nos Estados Unidos. A resolução do impasse sobre o teto da dívida americana e o fechamento da taxa Ptax também estiveram no radar dos investidores.
Já a Bolsa brasileira teve leve queda puxada por Petrobras e Vale, num movimento visto como uma correção das altas registradas nas últimas semanas.
O dólar subiu 0,46%, a R$ 5,011, enquanto o Ibovespa teve queda de 0,51%, fechando em 110.333 pontos.
Newsletter Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. *** O baixo movimento financeiro por conta do feriado nos Estados Unidos afetou a moeda americana. Dois profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que alguns participantes do mercado aproveitaram a baixa liquidez para impulsionar as cotações, já com o foco na formação da Ptax de fim de mês, no dia 31.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta do dólar) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
Investidores americanos aguardam, ainda nesta semana, novos dados econômicos que podem dar pistas sobre a próxima decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) sobre juros.
No Brasil, a queda do Ibovespa foi puxada pelas ações da Vale e da Petrobras, as mais negociadas da sessão, que tiveram queda de 0,56% e 0,22%, respectivamente.
Quedas de Itaú (0,44%) e Equatorial Energia (2,28%), que também ficaram entre as mais negociadas, contribuíram para a performance negativa do índice.
Além disso, a Eletrobras caiu 2,03%, devolvendo parte da alta registrada neste mês e em meio a declarações de membros do governo sobre sua privatização.
As maiores perdas do dia, porém, ficaram com a Vibra (3,91%), que passa por correção após uma forte valorização em maio, e BRF (2,89%), que segue impactada por registros de casos de gripe aviária no país.
Na outra ponta, o Ibovespa foi apoiado por altas de ações do BTG (0,59%), única entre as cinco mais negociadas do dia a fechar em alta, Cogna (3,26%) e CVC (4,03%).
Os juros futuros, por sua vez, subiram após terem registrado queda nos últimos dias. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 foram de 13,17% para 13,22%, enquanto os para 2025 saíam de 11,43% para 11,50%.
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