SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em queda nesta terça-feira (6), após ter aprofundado perdas nos últimos pregões, impactado pelas apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) deve promover uma pausa na alta de juros do país em sua próxima reunião e com o otimismo sobre a economia brasileira neste ano, que fortalece o real.
Às 9h14, o dólar à vista recuava 0,18%, a R$ 4,92 reais na venda.
Na B3, às 9h14, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,24%, a R$ 4,94.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9309 reais na venda, com baixa de 0,48%.
Nesta semana, investidores aguardam a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de maio, na expectativa de que os dados de inflação reforcem um cenário de queda da Selic no segundo semestre, atual consenso no mercado.
A Bolsa brasileira teve leve alta e garantiu o terceiro pregão consecutivo de ganhos na segunda-feira (5), apoiada por ações da Petrobras, em meio a alta do petróleo no exterior, e do setor bancário.
O dólar também caía, perdendo força após dados fracos da economia americana e com boas projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e de queda da inflação no Brasil, que apoiaram o real.
Com isso, o Ibovespa subiu 0,12% a 112.696 pontos, enquanto o dólar recuou 0,50% a R$ 4,929.
No domingo (4), a Arábia Saudita anunciou que vai cortar sua produção de petróleo em 1 milhão de barris por dia a partir de julho, como parte de um acordo com a Opep+ para tentar conter a queda do preço do produto.
Após o anúncio, o preço do barril de petróleo Brent subiu e fechou em alta de 0,32% na segunda, cotado a US$ 76,37.
A alta do petróleo no exterior favoreceu a Petrobras, que ajudou o Ibovespa a fechar no positivo. As ações ordinárias da companhia subiram 0,55%, enquanto as preferenciais registraram ganho 1,28%.
Apoiaram o Ibovespa, ainda, ações do Bradesco, do Banco do Brasil e do Itaú, que ficaram entre as mais negociadas da sessão com altas de 1,62%, 0,62% e 0,18%. Nesta segunda, o Credit Suisse revisou suas recomendações no setor bancário, movimentando os papéis.
A maior alta do dia foi da CVC, que subiu 10,83% após ter anunciado seu novo presidente executivo e um acordo com o fundador para potencial aporte de R$ 75 milhões na empresa.
As ações da Vale, porém, pressionaram a Bolsa durante toda a sessão, e a mineradora fechou o dia com queda de 0,80% mesmo com alta dos contratos de minério de ferro no exterior, num movimento visto como uma correção de ganhos dos últimos dias.
Os mercados de juros futuros, especialmente os de prazos mais longos, voltaram a registrar queda. Os contratos com vencimento em janeiro de 2024 foram de 13,20% para 13,17%, enquanto os para 2025 saíram de 11,47% para 11,32%. Nos juros para 2026, as taxas foram de 10,79% para 10,62%.
Nos EUA, os principais índices acionários tiveram queda, e o dólar também recuou ante outras moedas fortes após dados econômicos fracos do país.
O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq caíram 0,59%, 0,20% e 0,09%, respectivamente.
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