SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Banqueiros reunidos no jantar do Esfera Brasil reconheceram os avanços do governo Lula ao lançar o Desenrola, programa de renegociação de dívidas para baixa renda, mas cobraram propostas firmes de expansão do crédito para setores agora sufocados pela taxa de juros.

Disseram ter feito muita pressão sobre Arthur Lira, presidente da Câmara, na defesa do projeto de lei do marco das garantias, hoje parado no Senado. Lira esteve no evento ocorrido na segunda-feira (5).

Na prática, o projeto tira da Caixa Econômica Federal o monopólio de penhores civis e permite que um mesmo imóvel seja dado como garantia a mais de um empréstimo, por exemplo.

Apesar de ter sido feito na gestão do ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, querem que o projeto saia do papel.

Consideram alguns exemplos. Atualmente, o financiamento imobiliário para pessoa física, que conta com uma garantia estabelecida, possui inadimplência de 1,71% e juros de 10,8% ao ano.

No parcelado no cartão de crédito, sem qualquer tipo de contrapartida, a inadimplência é de 9% e os juros são de 200% ao ano.

A Febraban, que apoia o projeto, defende que sejam incorporados ao texto ativos de qualidade e que tenham o valor preservado ao longo da operação. Também quer garantias de fácil execução, com liquidez e que não demandem custos elevados em eventuais cenários de busca extrajudicial.

Se esse pleito passar, consideram haver condições para redução nos juros praticados atualmente, o que pode estimular mais oferta.


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