BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços atualizou nesta sexta-feira (16) a lista de carros incluídos no programa de desconto lançado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 5 de junho. Agora, o pacote conta com 266 versões e 32 modelos de nove montadoras.
Entraram no programa mais 33 versões de automóveis e um novo modelo -o Honda City nas versões Hatch EX e Sedan EX, com R$ 4.000 de desconto. Como a lista é dinâmica, outros modelos podem ser incluídos a qualquer momento.
Ao todo, os recursos solicitados pelas montadoras que aderiram ao plano já somam R$ 170 milhões -34% do teto disponível para essa modalidade.
As montadoras podem pedir mais recursos na medida em que usarem os montantes solicitados até que o limite de R$ 500 milhões como crédito tributário para automóveis seja atingido.
Os descontos patrocinados pelo governo nesse pacote vão de R$ 2.000 a R$ 8.000, podendo alcançar valores maiores a critério das fábricas e concessionárias.
Menor preço, maior eficiência energética e maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno) foram os três critérios levados em conta para a definição das faixas de desconto. Quanto maior a pontuação nesses requisitos, maior o desconto aplicável.
Apesar do sucesso do programa, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na quinta-feira (15) que não está nos planos do governo Lula prorrogar o plano de crédito tributário para reduzir os preços de automóveis novos. A declaração foi dada pelo chefe da Casa Civil após reunião ministerial no Palácio do Planalto.
Segundo relatos, em determinado momento do encontro, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), apresentou os resultados do programa de redução tributária para carros, ônibus e caminhões. Lula então teria brincado pedindo para ele avisar o ministro Fernando Haddad (Fazenda) que ia querer prorrogar o incentivo.
Oficialmente, o governo nega as intenções de prorrogar a medida. "Ele fez uma brincadeira, quando foi feito o relato pelo Alckmin de que o programa estava tendo um sucesso absoluto. Ele fez uma brincadeira, mas não está no planejamento do governo", disse Rui Costa.
Na quarta (14), Alckmin afirmou que o plano foi lançado por Lula "emergencialmente" e "transitoriamente". Segundo o vice-presidente, não há até o momento qualquer decisão quanto à possibilidade de ampliação do programa. "Cada coisa a seu tempo", acrescentou.
Em sua fala no encerramento de evento da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Alckmin exaltou o grande interesse dos consumidores. "A resposta está sendo muito boa, a procura nas concessionárias cresceu bastante. Estamos muito otimistas com o trabalho", disse.
O setor já calcula que a medida, prevista para durar quatro meses, possa ser encerrada com apenas um mês de vigência, por atingir a cota estabelecida.
A formulação de um programa para fomentar a compra de automóveis foi anunciada pela primeira vez em 25 de maio por Alckmin. Inicialmente, o foco da política eram os carros de até R$ 120 mil, mas o governo decidiu contemplar também caminhões e ônibus.
Dez montadoras aderiam ao programa na modalidade para ônibus e 12 na modalidade para caminhões. O volume de recursos solicitados nos dois casos até agora é de R$ 100 milhões para caminhões (14% dos R$ 700 milhões disponíveis) e R$ 120 milhões para ônibus (40% dos R$ 300 milhões disponíveis).
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