SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - TikTok testa vendas no aplicativo para competir com Shein e Amazon e a chegada do Pix automático.

**TIKTOK TAMBÉM QUER SER SHEIN**

A ByteDance, dona do TikTok, segue se esforçando para replicar no Ocidente o sucesso de vendas que tem com o Douyin ?nome do app de vídeos curtos na China.

A mais nova tentativa busca tornar o TikTok um rival direto de grandes varejistas, como sua conterrânea Shein e a americana Amazon. As informações são do Financial Times.

Entenda: a empresa está testando no Reino Unido uma seção chamada "Trendy Beat", com produtos que popularizaram em vídeos do app, como ferramentas para extrair cera do ouvido ou escovar pelos de animais de roupas.

A diferença para o TikTok Shop, a outra ferramenta de vendas da plataforma, é que esses itens são produzidos e comercializados pela própria ByteDance.

A ideia da chinesa é monitorar artigos que se tornam hit na plataforma e escalar a produção deles com fornecedores terceirizados ?em um modelo que lembra o usado pela Shein.

A ByteDance inclusive contratou funcionários da varejista chinesa para acelerar seu negócio de vendas, de acordo com o Financial Times.

O TikTok Shop, que está disponível no Reino Unido e em testes nos EUA, funciona como um marketplace, ou seja, vende itens de terceiros que são exibidos nos vídeos curtos da plataforma ?nesse caso, a ByteDance fica apenas com um percentual da transação.

Mostramos no mês passado como a empresa chinesa está realocando funcionários que trabalhavam no lançamento do TikTok Shop no Brasil para enviá-los a mercados onde o serviço já existe, mas ainda não teve o sucesso esperado.

O que explica: avaliada em US$ 300 bilhões e considerada a startup mais valiosa do mundo, a ByteDance quer ampliar sua fonte de receitas antes de ir ao mercado para um IPO (oferta inicial de ações em Bolsa).

A inspiração é justamente no Douyin, app irmão do TikTok que vendeu mais de 10 bilhões de produtos em um ano.

**O PIX AUTOMÁTICO VEM AÍ**

O débito em conta pode estar com os dias contados. Previsto para começar a funcionar em abril de 2024, o Pix automático vai permitir que clientes façam o pagamento de despesas recorrentes sem precisar autenticar cada transação.

Entenda: a novidade poderá funcionar para contas que podem ser quitadas com o débito automático, como água, luz e telefone, mas também para faturas frequentes que hoje não permitem essa modalidade.

É o caso das mensalidades de academia, cursos de idiomas e outros estabelecimentos, inclusive alguns que ainda hoje preferem usar cheques.

Apenas a companhia que receberá o Pix automático terá que pagar tarifas, mas os valores ainda não foram detalhados.

Outro atrativo é o fim da burocracia. O débito automático, além de estar limitado a convênios entre instituições, demanda o cadastro da conta que será usada na modalidade tanto na empresa quanto no banco.

Como vai funcionar: o usuário poderá informar ao prestador de serviço a opção pelo Pix automático, passar os dados bancários e depois fazer a autorização no aplicativo do banco.

Outro caminho poderá ser via Pix Copia e Cola ou pela leitura de QR Code, funções já utilizadas atualmente nas transações via Pix.

A partir daí, os pagamentos caem automaticamente, sem a necessidade de autorizar cada transação.

Segundo o BC, uma série de funcionalidades estará à disposição, como estabelecer um limite do valor da parcela a ser debitada e o cancelamento da autorização a qualquer momento.


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