SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Martha Seillier, ex-secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda (3) que chegou ao fim seu período como diretora-executiva do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Seillier foi indicada ao cargo em maio do ano passado pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes. Ela foi secretária especial por quase três anos, de julho de 2019 até a indicação ao BID.

Martha Seillier, ex-diretora-executiva do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) Pedro Ladeira - 21.ago.2019/Folhapress **** Em publicação no LinkedIn, a economista disse que o contrato chegou ao fim e agradeceu pela experiência.

"No último ano, a instituição provou seu valor e as mudanças necessárias foram feitas para reconquistar a confiança e colocar o banco de volta nos trilhos com foco em projetos que possam trazer melhores oportunidades para os países da América Latina e Caribe", escreveu.

Seillier também disse no texto que sente orgulho de ver um brasileiro na presidência do banco. Ela se refere a Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central que foi eleito para o cargo no BID em novembro passado.

Newsletter Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. *** A nomeação de Seillier seria concretizada em 2021, mas foi suspensa com a justificativa de que sua presença era necessária na execução de diversos projetos de sua pasta.

Em 2020, a secretária teve seu nome envolvido em uma polêmica por ter sido passageira de um voo da FAB que a levou, junto com outras autoridades do governo, para um evento oficial na Índia.

Na época, o presidente Jair Bolsonaro reagiu irritado ao fato, dizendo que não era ilegal, mas era imoral. Um dos passageiros, José Vicente Santini, foi afastado do cargo que tinha na Casa Civil, mas Seillier não sofreu punição.

Formada em direito e mestre em Economia pela UnB, Martha Seillier também foi servidora pública federal e a primeira mulher a presidir a Infraero.

BID (BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO)

- Fundado em 1959

- Seus recursos vêm dos seus 48 países-membros e de captações nos mercados financeiros, entre outras fontes

- O poder de voto é proporcional ao capital subscrito pelo país

- Os EUA são o país com maior poder de voto na instituição, 30%,

- Brasil e Argentina têm 11,4% cada um

- Cada país-membro indica um governador, geralmente, o ministro da Fazenda ou Economia

- US$ 23,4 bilhões foi o valor da carteira de financiamento do banco para projetos em 2021

PAÍSES-MEMBROS

Alemanha, Argentina, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, El Salvador, Equador, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Israel, Itália, Jamaica, Japão, México, Nicarágua, Noruega, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, República da Coreia, República Dominicana, Suécia, Suíça, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.

PRESIDENTE DO BID

Eleito pela Assembleia de Governadores

Responsável pela condução do dia a dia

Nas sessões da diretoria-executiva não vota, exceto em caso de empate

Fonte: BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)


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