SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Saul Klein, um dos herdeiros da Casas Bahia, pediu à 4ª Vara Cível de São Caetano do Sul (SP) que seu irmão mais velho, Michael Klein, seja retirado do comando do inventário do pai, Samuel Klein, fundador da rede varejista que morreu no fim de 2014.
No pedido, feito nesta terça (4), a defesa de Saul afirma que Michael é investigado em um inquérito policial que apura possível crime de estelionato.
Neste caso, a Justiça apura indícios de que as assinaturas de Samuel Klein teriam sido falsificadas em documentos da Casas Bahia e no testamento.
A defesa afirma que uma dessas assinaturas, que, supostamente, seriam falsas, foi usada para a transferência do controle da rede varejista para Michael, tornando Samuel (fundador) acionista minoritário.
Saul afirma que Michael se negou a prestar esclarecimentos, alegando proteger os interesses do espólio.
Um desses pontos envolve a comprovação de um suposto pagamento a Samuel de R$ 377 milhões pela compra de sua participação na Casas Bahia.
A defesa sustenta que, além desse documento conter uma assinatura supostamente falsa, Michael não chegou a comprovar o pagamento, mesmo com pedidos extrajudiciais.
Ele também deixou de apresentar documentos envolvendo os bens do inventariado e dos direitos do espólio.
"Assim, sob pena de se permitir a perpetuação de atos que podem ser reconhecidos nulos e de se comprometer o regular desfecho do inventário, a remoção liminar do requerido do cargo de inventariante é medida necessária", pede a defesa no processo.
Procurado, Michael Klein não respondeu até a publicação deste texto.
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