SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (8) que existe uma "coleção de fatores" para que o BC reduza a taxa básica de juros.
Declaração ocorre às vésperas da reunião do Copom. Na próxima quarta-feira (2), o BC anunciará a sua decisão sobre a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, em meio à pressão do governo e crescentes apostas de corte de até 0,5 ponto percentual na Selic.
A expectativa também se dá após a Fitch elevar a nota de crédito do Brasil. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (26), a agência de riscos subiu a nota do país de BB- para BB, e classificou o desempenho como tendo "perspectiva estável".
Com essa elevação, a nota atual do Brasil está agora dois degraus abaixo do chamado grau de investimento, uma espécie de selo de país bom pagador. O Brasil perdeu esse status na agência em 2015.
Para a agência, o Brasil conquistou progressos em reformas importantes. "A posição fiscal está se deteriorando em 2023 após uma melhora anterior, mas a Fitch espera que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual", diz o comunicado da Fitch.
Haddad afirmou que a sinalização da agência mostra que o país "tem tudo para ganhar esse jogo". "Fico muito feliz por, em seis meses de trabalho, a gente conseguir sinalizar para o mundo que o Brasil é um país de oportunidades", disse o ministro nesta quarta, após o anúncio da elevação da nota.
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