SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O consumo das famílias foi o grande destaque para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre pela ótica da demanda. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (1), o item subiu 0,9% de abril a junho frente ao período imediatamente anterior. No primeiro trimestre, o indicador subiu 0,2%.
O dado contribuiu para que o PIB brasileiro neste trimestre tenha vindo acima das expectativas do mercado.
"O consumo das famílias se mostrou resiliente, com desempenho acima do esperado", diz Rodolfo Margato, economista da XP. "É um quadro geral positivo", completa.
No período de abril a junho, a economia brasileira avançou 0,9%, uma desaceleração frente à alta de 1,8% registrada no primeiro trimestre, devido ao recuo no agronegócio. A queda da atividade era esperada pelos analistas, diante do forte desempenho observado de janeiro a março.
Ainda assim, ficou acima da mediana das projeções levantadas pela Bloomberg, que era de 0,4%.
O consumo das famílias é o principal componente do PIB sob a ótica da demanda ?ou seja, dos gastos com bens e serviços. Responde por cerca de 60% do indicador.
Ainda sob a ótica da demanda, a despesa de consumo do governo cresceu 0,7% neste trimestre, também uma aceleração frente à alta de 0,3% do trimestre anterior.
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