SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (11) após a adoção de novos estímulos econômicos na China, que aliviaram temores sobre a desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Nesta semana, o mercado aguarda, ainda, a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos, buscando alinhar as apostas sobre a próxima decisão de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que ocorre na próxima quarta. A maior parte dos investidores acredita numa manutenção dos juros no patamar atual, de 5,50%, mas novas altas neste ano ainda não estão descartadas.
Nesse cenário, o mercado adotava um tom positivo nesta manhã. Às 9h18, o dólar caía 0,56%, cotado a R$ 4,954.
Na Europa, os índices acionários também se recuperavam e atingiam máximas de uma semana, impulsionados justamente pelo alívio sobre a China. Nesta semana, o BCE (Banco Central Europeu) deve divulgar sua decisão de juros para a zona do euro e está no foco dos investidores da região.
Na última sexta (8), a Bolsa brasileira registrou queda em meio a temores sobre uma possível nova alta de juros nos Estados Unidos, enquanto a desaceleração da economia chinesa seguia no radar. Sem a divulgação de indicadores relevantes e com volume financeiro reduzido no pós-feriado, o Ibovespa recuou 0,57%, terminando o dia aos 115.313 pontos.
Com o recuo desta sexta, o índice consolidou uma semana de perdas em todos os pregões, puxada justamente pelo cenário internacional e pela falta de catalisadores na agenda local. No período, o Ibovespa acumulou queda de 2,19%.
Já o dólar abriu a sessão em queda, mas ganhou força e terminou o dia praticamente estável influenciado pelas apostas sobre a próxima decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central americano). A moeda americana terminou a semana cotada a R$ 4,982, com valorização de 0,87% em relação à última sexta.
A principal queda do dia foi da Vale, que recuou 1,89% acompanhando o desempenho dos contratos de minério de ferro no exterior. A mineradora também foi impactada por notícias de que o governo chinês pode intensificar a supervisão regulatória do minério de ferro no país.
A Petrobras também corroborou para o desempenho negativo do Ibovespa ao registrar queda de 0,41% em seu papéis preferenciais e de 1,08% nos ordinários, após ter renovado máximas históricas na semana e refletindo ajustes de seu ADR (certificado de ações emitidas fora dos EUA) na quinta-feira.
"Boa parte da queda de hoje no Ibovespa é reflexo do pregão de ontem no exterior, em que as Bolsas mundiais caíram devido a uma fraca retomada da economia chinesa mesmo após estímulos, além do temor de uma nova alta de juros nos EUA. O mercado entrou em modo "risk-off" [avesso ao risco], e os ativos acabam sofrendo nesse cenário", afirma Andre Fernandes, chefe de renda variável da A7 Capital.
Na ponta positiva, as ações do Itaú ficaram entre as mais negociadas da sessão e subiram 0,26%, após terem registrado queda nos últimos pregões.
A maior alta do dia foi da Petz, que registrou ganho de 4,22% após perdas recentes. Em seguida, aparecem CVC e Yduqs, com avanços de 2,16% e 1,91%, respectivamente.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários registraram leves altas. O S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq subiram 0,14%, 0,22% e 0,09%, respectivamente. Na semana, porém, os índices acumulam baixa.
A principal notícia do mercado americano na semana passada foi a divulgação de dados sobre o setor de serviço nos EUA, que vieram acima do esperado, aumentaram os temores sobre o Fed e derrubaram os índices na terça.
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