SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Novidades do iPhone, fusão cria gigante do papelão e outros destaques do mercado nesta quarta-feira (13).

**O QUE TEM DE NOVO NO IPHONE 15**

A Apple anunciou nesta terça (12) sua nova linha de iPhones, carro-chefe da companhia que é responsável por quase metade de suas receitas.

Sem apresentar nada de muito novo além da mudança nos carregadores, a empresa voltou a priorizar melhorias nos modelos topo de linha.

? Nas câmeras: o iPhone 15 Pro e o Pro Max agora têm zoom óptico de 5x, contra 3x da geração anterior e dos iPhones 15 e 15 Plus. As versões Pro também irão gravar "vídeos espaciais", para serem vistos com os óculos Vision Pro.

? No desempenho: as duas versões mais caras têm o novo processador A17 Pro, que promete mais desempenho e menos gasto de bateria. Os modelos de entrada vêm com o A16, que está nos Pro do iPhone 14.

? No design: a estrutura dos modelos de ponta agora é em titânio. A das versões de entrada continua o alumínio. Nos Pro e Pro Max, sai o clássico botão "mute" para um de ação personalizável, que permite silenciar o aparelho, ligar a lanterna ou abrir a câmera.

- Todos os modelos agora têm a interface Dynamic Island, que amplia a área de interação da tela ao redor da câmera frontal.

? Nos carregadores: a Apple passa a adotar o conector padrão USB-C, que vem na maioria dos modelos Android. Foi uma imposição da União Europeia à fabricante, que era a única a adotar o modelo Lightning.

PREÇOS

No Brasil, os aparelhos que costumam chegar um mês após o lançamento irão sair a partir de R$ 7.299 (iPhone 15), R$ 8.299 (15 Plus) R$ 9.299 (15 Pro) e R$ 10.999 (15 Pro Max).

MOMENTO DESAFIADOR

O lançamento da nova linha de iPhones vem em um mês em que a empresa acumula perda de US$ 180 bilhões em valor de mercado após a China ter proibido o uso dos dispositivos por funcionários públicos.

Ao mesmo tempo, ela tem que lidar com o freio no mercado global de smartphones ?que atingiu os rivais com mais força? e com a concorrência da chinesa Huawei, que lançou seu aparelho mais potente.

A empresa da maçã também anunciou novidades nos smartwatches, com mais processamento e capacidade de bateria.

**SURGE UMA GIGANTE GLOBAL DO PAPELÃO**

A irlandesa Smurfit Kappa e a rival norte-americana WestRock anunciaram nesta terça a fusão de seus negócios, criando uma gigante do setor de embalagens de papelão avaliada em quase US$ 20 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).

No Brasil, a líder no segmento é a Klabin, empresa avaliada em cerca de R$ 25 bilhões.

O QUE EXPLICA O NEGÓCIO

A demanda por papel ondulado explodiu durante a pandemia, quando as pessoas fizeram compras como nunca no ecommerce.

Com o fim das restrições de locomoção, a procura pelos papelões diminuiu, enquanto a capacidade das fábricas, ampliadas durante a crise, passou a ficar ociosa.

É nesse cenário que acontece a fusão da maior empresa do setor na América do Norte (WestRock) com a líder europeia (Smurfit) ?cujos acionistas irão controlar a nova companhia, com 50,4% das ações.

As empresas tiveram um lucro ajustado combinado de US$ 5,5 bilhões (R$ 27,5 bilhões) e receita de cerca de US$ 34 bilhões (R$ 170 bilhões) para o ano encerrado em 30 de junho.

Esses números tornam a Smurfit WestRock no maior grupo global de embalagens listado em Bolsa por receita, segundo o comunicado das empresas.

**INFLAÇÃO ACELERA, MAS...**

A inflação no país acelerou para 0,23% em agosto, para um índice acumulado de 4,61% nos últimos 12 meses, apontam dados do IBGE divulgados nesta terça.

A alta veio abaixo do que esperava o mercado, cuja mediana das expectativas era de avanço de 0,28% para o mês.

O QUE EXPLICA

A alta foi puxada pela energia elétrica, que subiu 4,59% no mês passado, impactada pelo fim de um bônus de Itaipu creditado em julho e reajustes de tarifas.

O que segurou o avanço do índice foi a alimentação no domicílio, que recuou 1,26% em agosto e registrou deflação de 0,62% em 12 meses. A explicação está na supersafra agrícola deste ano.

Os analistas destacaram os resultados dos núcleos de inflação (que excluem da conta itens voláteis como energia e alimentos), que vieram abaixo das projeções.

O que esperar para a frente: os agentes do mercado avaliam que o resultado não deve influenciar em cortes de juros mais agressivos do que os antecipados pelo BC até o fim do ano.

Neste segundo semestre, as projeções ainda indicam inflação próxima de 5%, acima do teto da meta (4,75%).

Há também uma preocupação com o fenômeno climático El Niño mais para o fim do ano, que pode gerar prejuízos em regiões produtoras.

**O ÚLTIMO DOS MOICANOS DOS JUROS NEGATIVOS**

A única taxa de juros negativa no mundo pode estar com os dias contados.

O presidente do Banco Central do Japão, Kazuo Ueda, disse que tirar as taxas do atual -0,1% está entre as opções avaliadas caso o país continue com um mercado de trabalho aquecido e próximo da meta de inflação anual de 2%.

O QUE EXPLICA

A economia japonesa convive com a taxa de juros negativa desde janeiro de 2016. A medida foi adotada como uma forma de estimular a economia e evitar a deflação no país, algo que prejudica a atividade como um todo.

As taxas não vieram para o positivo nem com a força inflacionária recente, que motivou aperto monetário nas maiores economias do planeta.

A economia japonesa vem se recuperando e cresceu 1,5% no segundo trimestre, bem acima do 0,8% que esperava o mercado.

OS EFEITOS

Uma taxa de juros positiva pode incentivar os japoneses a repatriarem seus recursos, que hoje estão em lugares em que a rentabilidade é mais atrativa.

Isso também fortaleceria o iene, que vem se desvalorizando em relação ao dólar por causa das altas de juros do Fed (BC americano).

A reação do mercado à fala de Ueda já contribuiu um pouco para isso, mostra a Bloomberg.

Na segunda (11), o iene chegou a se valorizar mais de 1% em relação ao dólar, enquanto o rendimento do título público de dez anos subiu para o patamar mais alto desde 2014.

**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**

MERCADO

Receita identifica 16 milhões de pacotes internacionais enviados por uma única pessoa. Barreirinhas afirma que Fisco tem coletado mais informações sobre compras e fala em 'descalabro'.

MERCADO

PEC para incorporar até 50 mil servidores à União pressiona contas e ameaça concursos. Proposta de líder da base de Lula transfere funcionários de ex-territórios e é vista no governo como 'trem da alegria'.

MERCADO

Governo dividirá comando de nova área de apostas entre Fazenda e Esportes. Esportes ganhará uma secretaria para tratar do tema, o que era uma das reivindicações do centrão.

MERCADO

Via volta a se chamar Casas Bahia e retoma antigo slogan. Companhia também vai mudar o código da ação negociada na Bolsa de Valores.

JUSTIÇA

Unimed deve pagar R$ 20 mil se não avisar cliente sobre rescisão de contrato. Multa foi determinada em acordo fechado com MP-SP; empresa diz que 'cumpre rigorosamente a legislação'.

TWITTER

Autor de biografia sobre Musk admite erro em informação sobre guerra na Ucrânia. Livro informava que Musk desligou comunicação via satélite no dia de ataque da Ucrânia, mas medida foi tomada antes.


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