SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (14) com investidores repercutindo o anúncio de novos estímulos econômicos na China, enquanto temores sobre a desaceleração do país, que derrubaram mercados globais no mês passado, se dissipam.

Nesta manhã, o Banco do Povo da China (banco central do país) disse que reduzirá a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas pela segunda vez neste ano, para ajudar a manter a liquidez ampla e apoiar uma recuperação econômica.

O mercado aguarda, ainda, a divulgação de dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, previstos para esta manhã.

Às 9h25, o dólar caía 0,23%, cotado a R$ 4,905.

Na quarta (13), a Bolsa brasileira operou em alta e chegou a ultrapassar os 119 mil pontos na máxima do dia, mas desacelerou os ganhos e fechou com avanço tímido de 0,17%, aos 118.175 pontos. O negócios foram apoiados pela divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, mas o Ibovespa foi pressionado por quedas de Petrobras e Vale, em dia fraco para commodities no exterior.

Já o dólar registrou baixa desde o início da sessão e aprofundou a queda com a inflação americana, terminando o dia com recuo de 0,75%, cotado a R$ 4,916. Apesar de ter registrado aceleração, a alta de preços veio em linha com o esperado e não alterou as projeções sobre as próximas decisões de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

O CPI (índice de preços ao consumidor americano) teve alta de 0,6% em agosto, sendo a maior alta desde junho de 2022. No acumulado em 12 meses, o aumento foi de 3,7%, ante 3,2% em julho. Os dados ficaram em linha com as expectativas do mercado: economistas consultados pela Reuters projetavam altas de 0,6% e 3,6%, respectivamente.

Os contratos de juros com vencimento em janeiro de 2025 caíram de 10,42% para 10,38%, enquanto os para 2027 foram de 10,29% para 10,25%. No Brasil, após a divulgação do IPCA de agosto, na terça, a expectativa é que o Banco Central continue no ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros) em suas próximas reuniões.

O movimento apoiou os mercados locais e garantiu mais um dia positivo para o Ibovespa, que teve como principais altas a Rumo (2,46%), a Eletrobras (1,86%) e o Itaú (0,32%), as únicas ações entre as mais negociadas a registrar desempenho positivo.

O Carrefour registrou os maiores ganhos do dia, com avanço de 4154%. Já a Weg, que também ficou entre as maiores alta, subiu 3,78% após acordo com a Petrobras envolvendo desenvolvimento de um aerogerador.

Por outro lado, baixas de Petrobras (1,28%) e Vale (0,42%), as maiores empresas da Bolsa brasileira, limitaram os ganhos do Ibovespa, em dia fraco para as commodities no exterior.

O Ibovespa também foi impactado por um movimento técnico relacionado ao vencimento de opções sobre ações na Bolsa, que ocorre nesta semana.

As opções são contratos que dão ao titular o direito de vender ou comprar um ativo numa data específica no futuro por um valor pré-determinado. O vencimento de opções, ou seja, a data limite para exercer esse direito, sempre ocorre na terceira sexta-feira do mês, o que impacta o preço dos ativos nos pregões próximos.

Nos EUA, os principais índices acionários operaram em direções mistas. Enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,12% e 0,29%, respectivamente, o índice industrial Dow Jones registrou baixa de 0,20%.


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