SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar operava em queda no início das negociações desta quinta-feira (28), num movimento de correção após o salto registrado nos últimos dias com o temor sobre juros no Estados Unidos, que fez a moeda americana ultrapassar os R$ 5,00 e atingir seu maior valor desde maio.
Nesta manhã, investidores repercutem a divulgação de dados sobre o crescimento do PIB dos EUA e aguardam comentários do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Jerome Powell, sobre o futuro da política de juros do país.
Às 9h30, o dólar caía 0,45%, cotado a R$ 5,023.
Na quarta (27), o dólar disparou 1,15% e fechou cotado a R$ 5,046 em a preocupações sobre uma nova alta de juros dos EUA, após o Fed ter sinalizado que um aumento em suas taxas ainda em 2023 é provável.
Desde a última terça, um dia antes do anúncio de juros do Fed, a moeda americana acumula alta de 3,55% em relação ao real. A perspectiva de alta de juros nos EUA aumenta os rendimentos dos títulos do Tesouro americano e, consequentemente, atrai recursos para o país, valorizando a divisa.
A alta do dólar frente ao real também estava em linha com a valorização da divisa americana em relação a uma cesta de partes fortes.
Já a Bolsa brasileira teve uma sessão instável, alternando entre perdas e ganhos, e chegou a firmar queda durante a tarde pressionada pelos juros americanos. No fim do pregão, no entanto, o Ibovespa garantiu leve alta, apoiado principalmente por Petrobras e Vale em dia positivo para as commodities no exterior.
Nesse cenário, o Ibovespa subiu 0,11% nesta quarta, aos 114.327 pontos.
Apesar da pressão dos juros, o Ibovespa conseguiu garantir um pregão positivo no fim das negociações, com a alta das commodities apoiando a Petrobras e a Vale, as duas maiores empresas da Bolsa brasileira. Enquanto a petroleira teve alta de 3,16%, impulsionada pela alta do petróleo no exterior, a mineradora subiu 0,35% após notícias positivas sobre a China.
As principais quedas do dia foram de Renner, Itaú e Bradesco, que recuaram 0,61%, 0,45% e 0,28%, respectivamente, e ficaram entre as mais negociadas da sessão.
Os maiores tombos, no entanto, foram novamente do setor de varejo, mais sensível ao movimentos dos juros no Brasil.
O Grupo Casas Bahia voltou a liderar as quedas da sessão, com recuo de 5,00% após anunciar que seu vice-presidente comercial e de operações apresentou pedido de renúncia. O GPA e a Magazine Luiza, outros grandes nomes do setor, caíram 2,99% e 2,86%, respectivamente.
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