SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Negócio entre petrolíferas é o maior do ano, inflação de setembro e o que importa no mercado nesta quinta-feira (12).

MAIOR AQUISIÇÃO DO ANO É NO PETRÓLEO

A petrolífera americana Exxon Mobil anunciou a compra da rival local Pioneer Natural Resources por US$ 59,5 bilhões (R$ 299,8 bilhões), dobrando sua aposta em combustíveis fósseis em meio à pressão para uma transição energética no setor.

O negócio, que envolve apenas troca de ações e ainda tem que receber aval regulatório, é a maior oferta de aquisição no mundo neste ano.

A Exxon é uma das maiores concessionárias de exploração e produção de petróleo no Brasil.

Em números: a Exxon ofereceu US$ 253 por ação da Pioneer, um prêmio de 9% em relação ao preço-médio nos 30 dias anteriores a 5 de outubro, quando surgiram as informações sobre o acordo.

Nesta quarta, os papéis fecharam em alta de 1,4%, a US$ 240. As ações da Exxon caíram 3,5%.

A estratégia: a Pioneer é uma relevante produtora de petróleo de xisto, que transformou os EUA de um grande importador de petróleo no maior produtor mundial em pouco mais de uma década.

Sua atuação está principalmente na bacia do Permiano, que fica entre os estados americanos do Texas e Novo México e é a maior dos EUA. Ela é valorizada pelo baixo custo para extrair petróleo e gás.

A aquisição vem depois de a Exxon ter registrado lucro recorde de US$ 56 bilhões em 2022, ano em que os preços do petróleo dispararam com a guerra na Ucrânia.

Sim, mas? A aquisição motivou críticas do setor ambiental, que questiona a gigante petroleira americana por não seguir as pares europeias com investimentos na transição energética, como em energia eólica ou solar.

Os executivos da Exxon disseram que, além de produzir mais combustíveis fósseis, a empresa está construindo um novo negócio que capturará dióxido de carbono de locais industriais e enterrará o gás de efeito estufa no solo.

Eles se referiram à Denbury, empresa americana comprada em julho por US$ 4,9 bilhões.

INFLAÇÃO SURPREENDE ?PARA O LADO POSITIVO

A inflação brasileira, medida pelo IPCA, registrou alta de 0,26% em setembro, de acordo com o IBGE.

Em números: o aumento veio abaixo das estimativas dos analistas, cuja mediana era de variação de 0,33% em setembro. Em 12 meses, o IPCA passou a acumular inflação de 5,19%.

O resultado foi considerado como uma leitura positiva para a inflação brasileira e motivou novas projeções.

Agora, os economistas veem o IPCA encerrando o ano mais próximo ou até dentro do teto da meta deste ano (4,75%).

EX DE SBF O ACUSA DE SER MANDANTE DE CRIMES

Caroline Ellison disse em depoimento na terça (10) que seu ex-namorado Sam Bankman-Fried (SBF) mandou que ela cometesse crimes na Alameda Research. A gestora esteve na origem da crise que faliu a FTX e levou SBF à cadeia.

Ellison fez um acordo com a Justiça para se declarar culpada de sete acusações e ter sua pena reduzida.

Ela afirmou que, por ordens de SBF, foram retirados "cerca de US$ 14 bilhões" (R$ 71 bilhões) dos clientes da FTX antes que a corretora cripto entrasse em colapso.

Relembre: a crise da FTX explodiu em novembro do ano passado, quando reportagens mostraram que a corretora estava desviando dinheiro de clientes para recompor prejuízos da Alameda Research, gestora cripto que pertencia à FTX e era tocada por Ellison.

Na época, a empresa de SBF era a segunda maior corretora cripto do mundo, avaliada em US$ 32 bilhões.

Após as denúncias de desvio de depósitos, clientes sacaram seus recursos e levaram a corretora à falência, o que causou prejuízo a vários correntistas que não conseguiram resgatar seus investimentos a tempo.

SBF foi retirado do regime de prisão domiciliar e levado de volta à cadeia em agosto, depois que os promotores alegaram que ele vazou informações pessoais de sua ex-namorada para o New York Times.

Em entrevistas no ano passado, ele reconheceu falhas de gerenciamento de risco na corretora, mas disse que não acredita ter responsabilidade criminal.

GOLPE DESVIA TRANSFERÊNCIA VIA PIX

O golpe que desvia transferências via Pix nos usuários no celular já fez mais de 6.300 vítimas no Brasil neste ano, segundo dados da Kaspersky, empresa de segurança online.

Esse tipo de fraude é o segundo na lista de golpes financeiros que mais deixam vítimas na América Latina, só atrás do vírus do golpe da mão fantasma.

Como acontece: os criminosos invadem o celular depois que o usuário baixa algum aplicativo que esteja infectado com o trojan, um tipo de vírus também conhecido como cavalo de Troia.

Ao acessar o dispositivo, que costuma ter o sistema operacional Android, o programa malicioso pede acesso a dados sensíveis nas opções de acessibilidade ?recursos que auxiliam pessoas com deficiência sensorial ou de movimento, como leitor de texto e clique automático.

Para convencer a vítima a autorizar essa permissão, o vírus mostra uma mensagem de "atualização" necessária do app falso. Ela aparecerá até que a pessoa aceite. Essa etapa é essencial para o criminoso, pois o golpe não ocorrerá sem ela.

A fraude então acontece no momento em que o usuário acessa o app do banco para fazer uma transferência via Pix.

Os criminosos trocam o destinatário e o valor da transferência que será feita pelo usuário na etapa anterior à solicitação da senha ?os poucos indícios são tremedeira na tela e lentidão para carregar.

Como se prevenir: suspeitar de qualquer notificação que peça "acesso às opções de acessibilidade." Isso vale tanto para solicitações do navegador quanto de aplicativos.

Evitar baixar apps fora da loja oficial do sistema operacional do celular também está entre as recomendações.


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