SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Como uma marca de sandálias que acaba de estrear na Bolsa americana deixou de ser associada a hippies e caminhantes para se tornar um item de moda e outras notícias do mercado para começar esta sexta-feira (13).
**DOS PÉS DOS HIPPIES À BOLSA DE NOVA YORK**
A alemã Birkenstock deixou de ser uma marca de sandálias fora de moda para virar símbolo de jovens descolados. Essa história de sucesso na moda é colocada à prova agora na Bolsa de Nova York, onde a empresa de 249 anos estreou nesta semana.
As sandálias com aparência ortopédica até os anos 2010s eram frequentemente associadas a profissionais de saúde, professores, caminhantes de folga e hippies.
Tudo começou a mudar em 2012, quando uma versão forrada de pele da Birkenstock desfilou pela Semana de Moda de Paris, provocando entusiasmo na indústria e artigos elogiosos.
Quem também ajudou a popularizá-la foi Steve Jobs. O cofundador da Apple era frequentemente visto usando um surrado par marrom da sandália, que foi vendido por US$ 218.750 (cerca de R$ 1,1 milhão) em um leilão no ano passado.
Neste ano, a Birkenstock chegou até uma cena de "Barbie", gerando uma disparada nas buscas online pelas sandálias, que custam a partir de 40 euros (cerca de R$ 214,30).
Para estilos de luxo de edição limitada, esse valor pode ser 40 vezes maior, chegando a US$ 1.700 (R$ 8.583).
Em números:
30 milhões de pares de sandálias Birkenstock foram vendidos em 2022;
1,24 bilhão de euros (R$6,6 bilhões) foi a receita da empresa alemã no ano passado, um salto em relação aos 292 milhões de euros (R$ 1,56 bilhão) de 2014;
Avaliada em US$ 9 bilhões foi o valor de mercado da companhia em sua estreia na Bolsa quarta (11), mas os papéis acumulam queda de cerca de 20% em dois dias de pregão.
**PARA ASSISTIR**
"Big Vape" - na Netflix
Baseada no livro do jornalista Jamie Ducharme, o documentário conta a história de uma startup criada por dois estudantes de Harvard que tinham o objetivo de minimizar os riscos do uso de nicotina pelos humanos e, assim, acabar com os cigarros.
Os vapes (cigarros eletrônicos) da Jull chegaram ao mercado em 2015, com anúncios chamativos que prometiam uma alternativa ao uso do cigarro. A inspiração para criar os dispositivos era na Apple, referência na criação de produtos que entram no gosto do público.
O resultado foi atingido, e a demanda pelos vapes explodiu. Apesar do intuito inicial de cativar os fumantes de cigarro, os cigarros eletrônicos passaram a ser usados por crianças e adolescentes que não eram atraídas pelo uso de tabaco, e daí surgiu um problema de saúde pública.
As críticas sobre a Jull aumentaram em 2018, quando a empresa foi comprada pela maior companhia de cigarros dos EUA ?a representante de um setor que a startup jurava implodir quando surgiu.
**VOLTA AO TRABALHO E OS ESCRITÓRIOS INTELIGENTES**
O retorno aos escritórios criou novos desafios para os sistemas de gerenciamento dos prédios inteligentes.
Entenda: o modelo de trabalho mais flexibilizado liberou a exigência de andares lotados com mesas e cadeiras para cada funcionário, já que eles não necessariamente ocupam os escritórios ao mesmo tempo.
Em dias de menor uso do escritório, como nas sextas-feiras, parte dos equipamentos pode ser desligada, como o ar-condicionado em salas que não estão sendo usadas, o que gera economia à empresa.
Para conseguir gerir tudo isso, as empresas precisam de dados: de quantos funcionários estão presencialmente em cada dia, quais salas estão sendo usadas etc.
Em números: apesar do interesse das empresas para o retorno do home office, em grandes cidades americanas, como Nova York, a ocupação gira em torno de 50% do nível pré-Covid.
Entre os trabalhadores de áreas ligadas à tecnologia, o percentual totalmente remoto ou híbrido nos EUA deverá representar 71% da força de trabalho em 2023 e 67% no Reino Unido, segundo levantamento da Gartner feito em março de 2023.
O que pode ajudar os trabalhadores na hora de negociar com o patrão a adoção do modelo remoto ou híbrido é o mercado de trabalho aquecido.
O emprego atingiu um recorde histórico nas economias desenvolvidas no segundo trimestre, deixando a mão de obra mais valorizada.
A parcela da população em idade ativa empregada nos 38 países membros da OCDE ultrapassou 70% pela primeira vez desde 2005.
No Brasil, a taxa de desemprego encerrou agosto em 7,8%, a menor taxa desde 2014.
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