PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - O empresário brasileiro Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração da Península Participações, afirmou nesta sexta-feira (13) que o Brasil tem potencial para crescer, enquanto Wesley Batista, da J&F, disse que o país voltou a ser "a bola da vez".
As declarações foram dadas durante o 1° Fórum Internacional da Esfera Brasil, nesta sexta-feira (13), em Paris.
Abilio voltou a dizer, no entanto, que falta ambição ao país. "O Brasil se atrasou na história", afirma o empresário. "Um país com grande potencial, com tudo certinho, mas a que falta ambição."
Segundo Diniz, o investidor quer mais. "Somos extremamente atraentes. No último ano do mandato de Lula, crescemos 7%, mas nos falta ambição", repetiu, sem detalhar o que considera ambição.
Importante ator da relação comercial entre França e Brasil, para ele, a parceria entre os dois países é imprescindível para a empregabilidade dos brasileiros, considerando o número de empregos diretos gerados no Brasil pelas empresas francesas.
Já Wesley Batista adotou tom otimista. "A gente acredita no Brasil, que é de novo a bola da vez", disse o empresário.
Ao defender a estabilidade fiscal brasileira, a segurança jurídica e a responsabilidade pela questão ambiental, o empresário disse que a J&F investirá R$ 38 bilhões em todos os segmentos do grupo (alimentação, mineração, financeiro, cosmético) nos próximos quatro anos. O montante corresponde a mais de 85% de tudo o que está planejado para o investimento total do J&F.
Segundo ele, a meta é criar 30 mil postos diretos de trabalho no Brasil até 2026. "Estamos otimistas com o rumo que o país está tomando", disse o empresário, destacando a reforma tributária, que está em discussão no Congresso. Na sua avaliação, a mudança deve simplificar a vida do empresariado.
"Há poucos lugares no mundo que têm tanta oportunidade quanto o Brasil", afirmou.
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