SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar registrava forte queda na manhã desta sexta-feira (27) e chegou a ser negociado a R$ 4,93 na mínima do dia após a divulgação de novos dados sobre a inflação americana.

O índice PCE, acompanhado de perto pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), permaneceu em 3,4% em setembro, em linha com o esperado pelo mercado. Além disso, o núcleo do índice de gastos de consumidores, que exclui itens mais voláteis, caiu para 3,7%, ante 3,8% no mês anterior, atingindo seu nível mais baixo em dois anos.

Os novos dados aliviaram temores sobre um novo aumento de juros na próxima reunião da autoridade monetária do país, pesando contra a moeda americana.

Já a Bolsa brasileira abriu em alta em meio à divulgação de balanços corporativos de empresas relevantes do Ibovespa, como Vale, Suzano e Usiminas, além de dados de produção da Petrobras.

Às 10h21, o dólar caía 0,90%, cotado a R$ 4,945, enquanto o Ibovespa subia 0,19%, aos 115.004 pontos.

Na quinta (26), a Bolsa brasileira subiu 1,72% e atingiu os 114.776 pontos após divulgação do IPCA-15 de outubro, que desacelerou em relação a setembro, e com o avanço das pautas econômicas do governo no Congresso Nacional.

Já o dólar passou o dia rondando a estabilidade, mas fechou a sessão em leve queda de 0,20%, cotado a R$ 4,990. Apesar do cenário local positivo, a moeda americana foi beneficiada por dados econômicos mais fortes que o esperado nos Estados Unidos

As curvas de juros futuros brasileiras tiveram forte queda. Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 caíram de 10,92% para 10,80%, enquanto os para 2027 foram de 10,99% para 10,75%.

O alívio nas curvas deu força às companhias brasileiras e garantiram o forte desempenho do Ibovespa nesta quinta, com as maiores altas do dia sendo das "small caps", empresas menores e mais sensíveis aos indicadores domésticos. O índice que reúne esses papéis subiu 2,05%.

O destaque positivo ficou com o setor de varejo: Carrefour, GPA e Assaí lideraram as altas do dia com avanços de 6,38%, 6,10% e 6,07%, respectivamente.

Na ponta negativa, a Petrobras foi a única entre as mais negociadas da sessão a registrar queda, pressionada tanto pelo recuo do petróleo no exterior quanto por recentes movimentações sobre mudanças no Estatuto Social da companhia.

Os negócios locais foram apoiados, ainda, pelo avanço das pautas econômicas no Congresso.

Na quarta (25), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei sobre a tributação de fundos exclusivos e offshores, uma das medidas do ministro Fernando Haddad (Fazenda) para aumentar a arrecadação e cumprir as novas regras fiscais.

Além disso, a reforma tributária também avançou, com a apresentação do relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).


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