SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-ministro Guido Mantega deve divulgar uma carta ainda nesta sexta-feira (26) afirmando que abre mão de ocupar um cargo na Vale, em um movimento articulado junto com o presidente Lula (PT).

A ideia do governo é que isso seja interpretado como uma sinalização para a mineradora privada escolher um outro nome para o cargo de presidente, sem reconduzir Eduardo Bartolomeo, que ocupa o posto atualmente.

O movimento também foi articulado com o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia).

Embora se articulasse para que Mantega assumisse a presidência, o governo Lula também aceitaria que ele fosse indicado para o conselho, mas o ex-ministro desistiu de todas as opções.

O recuo ocorreu em face da grande resistência ao nome dele, em razão de sua atuação no governo Dilma Rousseff, que registrou a maior recessão da história do país.

A mineradora privada começou a debater nesta semana sobre o comando da companhia nos próximos três anos, com a avaliação de comitê interno sobre a possível recondução do presidente atual.

Nas últimas semanas, membros do governo e aliados do petista fizeram uma ofensiva em defesa do nome de Mantega.

Nesta semana, Lula criticou a atuação da mineradora após a tragédia de Brumadinho (MG), que matou 270 pessoas há cinco anos e, em outra frente, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, recorreu às redes sociais para reforçar a pressão pela indicação de Mantega ao comando da Vale.


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