SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os lances virtuais do leilão da marca Pan, de doces e chocolates, começam nesta segunda (29), às 13h. Antes mesmo do início formal do certame, ao menos 12 empresas já indicaram interesse no negócio.

A primeira fase do leilão terminará no dia 1º de fevereiro. A oferta chegou a ser marcada para o início de novembro do ano passado, mas o edital precisou ser refeito.

Segundo a Positivo Leilões, responsável pelo pregão, dez dos interessados são empresas do setor alimentício. A Cacau Show, que arrematou o prédio e o terreno onde funciona a fábrica em São Caetano do Sul (ABC) por R$ 70 milhões, é uma das que avaliava se tentaria comprar também as marcas registrada pela Pan.

Além do nome da fábrica, quem arrematar terá o direito de batizar outros 30 produtos, como as Moedas de Chocolates, os Cholopápis e a Bala Paulistinha.

A marca foi avaliada em R$ 27,6 milhões. Os lances serão realizados virtualmente, no site da leiloeira (clique aqui para acessar).

Com o dinheiro arrecadado na primeira etapa (veículos e outros equipamentos também foram liquidados), a massa falida da Pan deverá quitar todos os débitos com funcionários.

Fabio Rodrigues Garcia, da ARJ Administração e Consultoria Empresarial, administrador judicial da falência da fábrica, disse esperar que até março todas as dívidas trabalhistas estejam quitadas.

Na fila de recebimento, os próximos a receber são os credores com garantia real e as Fazendas federal e estadual. O dinheiro dos primeiros leilões, porém, não será suficiente.

Garcia diz que são altas as expectativas com a venda da marca. Ele acredita que o leilão será encerrado já na primeira praça.

O relatório de avaliação aprovado pela Justiça calcula que o faturamento da marca pode chegar a R$ 51 milhões em cinco anos. A marca Pan é considerada madura e consolidada e, por isso, segundo o laudo, poderia gerar royalties de licenciamento.

Para o leiloeiro Erick Teles, o número de empresas já analisando a documentação disponível é um indicativo de que o pregão será bem-sucedido.

A fábrica de chocolates pediu recuperação judicial em 2020. No início deste ano, ela apresentou o pedido de autofalência e, dias depois, a Justiça decretou a falência da companhia. Na época, tinha 52 funcionários. Entre as décadas de 1960 e 1980, chegou a ter mais de 200.

A Pan se notabilizou como a fábrica dos cigarrinhos de chocolate, depois transformados em lápis, e que traziam a imagem do garoto Paulo Pompeia, à época com 9 anos.

O cigarrinho de chocolate foi um dos primeiros produtos fabricados pela fábrica em São Caetano do Sul. As Balas Paulistinha e barras de chocolate nas formas de quadrado, peixe e charuto são também do início da operação.

A produção industrial da Pan começou em 1936, um ano depois da fundação. Na década de 1970, ela atingiu a capacidade de produzir sete toneladas de doces por dia e chegou a vender mais de 3.000 caixas de bombons por dia. A empresa foi líder em faturamento no mercado brasileiro até 1984.

VEJA A LISTA DE MARCAS E PRODUTOS INCLUÍDOS NO LEILÃO DA PAN

Pan (a marca)

Bombons gianduia Pan

Bombons truffle Pan

Chocolapis Pan

Chocopan

Cric Crac Pan

Crocante Pan-americano

Menta-Pan

Moedas de chocolate ao leite Pan

Pan chocotofe

Pan floc Pan

Pan-bombons com conhaque

PanBall

Paulistinha Pan

Petit-Pan 2

Pomona Pan

Pop Pan

Pop Pan Pan

Pop Pan!

Balila

Bridge

Chocoalvo

Chocoman

Delicioso

Majestic

Mirim

Naná

NoBreak

Picolino

Psiu

Veraneio

Xuá

Zodiaco


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