SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nova onda de demissões em tecnologia nos EUA atinge de big techs a startups e outros destaques do mercado nesta quarta-feira (31).
**NOVA ONDA DE DEMISSÕES NA TECNOLOGIA**
As demissões em empresas de tecnologia voltaram ?pelo menos nos EUA.
Nesta terça (30), foi a vez do PayPal comunicar a seus funcionários um desligamento em massa, que atingiu 9% da companhia, ou cerca de 2.500 trabalhadores, conforme noticia a Bloomberg.
A empresa de pagamentos se junta a outras empresas dos mais variados tamanhos que anunciaram publicamente ou internamente cortes em massa.
EM NÚMEROS
Janeiro ainda nem terminou, mas já é o mês com mais cortes em empresas de tecnologia (28.963) desde março do ano passado (37.823), conforme a plataforma Layoffs.fyi.
Nos EUA, a primeira onda de demissões em tecnologia ficou concentrada no fim de 2022 e o início de 2023, em meio ao processo de escalada dos juros no país.
Uma política monetária mais restritiva do Fed (Federal Reserve, BC americano) atinge as empresas do setor de dois lados: encarece seu financiamento e afugenta investidores.
O que mudou de lá para cá? Justamente a postura do Fed. Hoje, a expectativa é sobre quando começarão os cortes nos juros americanos ?as apostas estão concentradas no primeiro semestre.
As big techs, cujas ações sofriam na última onda de demissões, hoje veem seus papéis ou na máxima histórica ou perto dela.
Para as menores, o cenário de investimento privado começa a desanuviar, mas ainda longe do que vimos na época da pandemia, com juros nas mínimas e dinheiro "infinito".
**POR QUE HÁ DEMISSÕES?**
As razões variam, e podemos dividir os cortes em três categorias, como explicou Nabeel Hyatt, sócio de um fundo de capital de risco ao New York Times:
? Big techs que estão demitindo posições auxiliares em áreas que ainda não lucram como o esperado, numa realocação do orçamento para investir em profissionais de IA (inteligência artificial).
- Fazem parte dessa lista Microsoft, Alphabet (dona do Google), Salesforce, Amazon.
? Grandes e médias empresas (como unicórnios, startups avaliadas acima de US$ 1 bi) que não estão desesperadas por dinheiro, mas que tentam corrigir o boom de contratações que fizeram durante a euforia da pandemia.
Estão nesta lista Brex (dos jovens bilionários brasileiros), iRobot (que viu a fusão com a Amazon ir para o buraco), Discord, Duolingo.
? Startups cujas operações queimam caixa e veem sua fonte de financiamento secar. As demissões são uma espécie de último respiro para tentar continuar as atividades.
Aqui estão: InVision (unicórnio britânico de design), Vroom (marketplace americano de veículos), Pitch (empresa alemã de software) e Artifact (rede dos fundadores do Instagram que tentou ser o "TikTok de textos").
**O QUE SABEMOS SOBRE O CHIP CEREBRAL DA EMPRESA DE MUSK**
A Neuralink, uma das empresas de Elon Musk, fez seu primeiro implante de chip cerebral em um ser humano, e a pessoa se recupera bem, disse o bilionário na segunda (29).
"Os resultados iniciais mostram sinais promissores de atividade neural", escreveu Musk, que criou a startup de chips em 2016.
QUAL O OBJETIVO?
A ideia inicial é permitir que as pessoas controlem um cursor ou teclado de computador usando apenas seus pensamentos.
PARA QUEM É DESTINADO?
A Neuralink procura candidatos com quadros como tetraplegia, paraplegia, amputação de membros e limitações visuais ou de fala para se candidatar aos testes do Telepathy (Telepatia, em inglês),
O estudo usa um robô para colocar cirurgicamente um implante de interface cérebro-máquina em uma região do cérebro que controla a intenção de se mover, disse a Neuralink.
COMO FOI SEU DESENVOLVIMENTO?
A Neuralink já havia feito testes em macacos, porcos e ovelhas.
- Alguns dos macacos usados como cobaias morreram durante os experimentos;
- Musk afirmou que parte dos animais tinha doenças terminais e que eles não morreram por causa do chip;
- Após várias tentativas, a startup recebeu em maio do ano passado a permissão da FDA (agência reguladora americana) para iniciar o recrutamento para o primeiro teste em humanos.
POR QUE É DIFERENTE?
O Telepathy contém mais de 1.000 eletrodos, número muito superior ao de outros implantes. O chip da Neuralink também mira neurônios individuais, para ter maior precisão, enquanto os rivais têm como alvo os sinais de grupos de neurônios.
**JOIAS RECICLADAS**
A dinamarquesa Pandora, maior joalheria do mundo em vendas, disse ter alcançado em dezembro seu objetivo de encerrar o uso de prata e ouro extraídos de minas.
A empresa agora só fabrica peças com metais preciosos reciclados, que requerem menos energia para serem produzidos.
EM NÚMEROS
- 340 toneladas de prata e uma tonelada de ouro são comprados pela Pandora por ano.
- 264.224 toneladas de CO2 foram geradas pela cadeia de fornecedores da empresa em 2022.
- 58.000 toneladas de dióxido de carbono por ano a joalheria diz evitar ao adotar metais reciclados, em vez de recém-minerados.
- US$ 10 milhões por ano é o quanto a Pandora investe na mudança. Ela diz que não repassará o custo aos consumidores.
SIM, MAS...
As cadeias de suprimento de metais reciclados apresentam riscos. Depois de o ouro ser derretido, é difícil provar sua origem.
Para tentar evitar fraudes, a Pandora usa um padrão de cadeia de custódia desenvolvido pelo RJC (Responsible Jewellery Council). Ele exclui moedas e barras de ouro como fonte de ouro reciclado.
**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**
BANCO CENTRAL
Reservas internacionais crescem no 1º ano de Lula após redução sob Bolsonaro. 'Colchão' de segurança do país fechou 2023 em US$ 355 bilhões, nível mais alto desde março de 2022.
MERCADO DE TRABALHO
Brasil fecha 2023 com saldo de 1,5 milhão de empregos formais. Dados do Caged mostram números inferiores em relação a 2022; mercado espera desaceleração em 2024.
AMÉRICA LATINA
'Lei ônibus' de Milei vai a plenário desidratada e testa apoio ao governo. Presidente argentino teve que retirar partes importantes do projeto para acelerar reformas.
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