SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta segunda-feira (5) que a melhora da arrecadação do governo no início do ano aumenta as chances de o governo Lula (PT) conceder um reajuste linear para todos os servidores do Poder Executivo.

Os sindicatos das carreiras de servidores cobram o reajuste e não aceitaram a proposta do governo de concentrar as verbas disponíveis no Orçamento para aumentar os benefícios de vale refeição, auxílio-creche e saúde.

O governo reservou R$ 2,7 bilhões para reajustar esses benefícios. A ministra considera que a medida acaba atingindo mais os servidores que têm salários abaixo de R$ 10 mil. Um reajuste salarial linear, menos que pequeno, alcançaria todos os servidores.

No ano passado, o governo concedeu um aumento de 9% para os todos os servidores do Poder Executivo, incluindo aposentados e pensionistas, a partir de 1º de maio.

Como revelou em entrevista à Folha o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a arrecadação com a mudança da tributação dos fundos mantidos em paraísos fiscais (offshores) e de fundos exclusivos de investimento no Brasil, dos chamados super-ricos, está acima do previsto.

"Tomara que se realize", disse a ministra sobre a previsão do secretário do Tesouro.

Segundo Esther, a possibilidade de reajuste linear ainda neste ano terá que estar em linha com o alcance da meta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o déficit das contas públicas em 2024.

"Se a arrecadação estiver superando a meta fiscal, aí tem chance", ressaltou.

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