O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse nesta quarta-feira (14) que a inflação da zona do euro está no caminho certo, mas que é preciso ficar atento a fatores de riscos e não se precipitar. Em discurso durante conferência anual de BCs do Mediterrâneo, na Croácia, Guindos citou como riscos pressões salariais, que permanecem altas, margens de lucro, que podem ser mais fortes do que o previsto, e tensões geopolíticas, em especial no Oriente Médio, que podem impulsionar os preços de energia e prejudicar o comércio global.

Guindos disse ainda que o BCE precisa de mais tempo para obter as informações necessárias para confirmar que a inflação está voltando de forma sustentável a sua meta oficial, que é de taxa de 2%.

"É por isso que continuaremos sendo guiados por dados", afirmou Guindos, acrescentando que os próximos meses serão "particularmente ricos" em novas informações e lembrando que o BCE divulgará novas projeções de inflação e crescimento em março.

Sobre a economia, Guindos disse que a atividade econômica da zona do euro provavelmente ficou estagnada no quarto trimestre de 2023 e que o crescimento potencial da região deverá desacelerar no futuro.

Guindos disse também que muito do impacto da série de aumentos de juros que o BCE implementou nos últimos anos ainda não se concretizou.


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