SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira e o dólar registravam leve oscilação negativa na manhã desta quarta-feira (21), enquanto o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que pode dar pistas sobre o futuro da política de juros dos Estados Unidos.
Investidores também repercutem a divulgação de uma bateria de resultados corporativos recentes, incluindo números da Gerdau e da Weg, que estavam entre as mais negociadas da sessão nesta manhã.
Às 10h55, o Ibovespa caía 0,17%, aos 129.685 pontos, enquanto o dólar tinha oscilação negativa de 0,03%, praticamente estável cotado a R$ 4,929.
A movimentação tímida da moeda refletia operadores sem vontade de fazer grandes apostas antes da divulgação da ata do Fed, agendada para as 16h (de Brasília) desta quarta. O documento será referente ao último encontro do banco central norte-americano, em que os juros foram mantidos no patamar atual, mas com alerta das autoridades de que são necessários mais dados para confirmar a trajetória de queda da inflação.
"A gente tem a ata do Fed que vai ser divulgada hoje, então os investidores estão mais cautelosos para entender como é que vai ficar a questão dos juros", disse Gabriel Mota, operador da Manchester Investimentos.
"Contextualizando, a gente tem um cenário de queda nos nossos juros enquanto os Estados Unidos estão num patamar travado. Se a gente tiver ainda uma mudança do que o mercado estava acreditando [em relação ao afrouxamento monetário do Fed], provavelmente a gente vai ver um estresse muito forte nesse dólar", completou ele.
Após dados de inflação e atividade mais fortes do que o esperado, o mercado futuro de juros dos EUA passou a embutir cortes nos juros mais tarde do que o inicialmente esperado, o que indica uma rentabilidade atraente na maior economia do mundo por mais algum tempo, algo positivo para o dólar.
No Brasil, o Banco Central tem cortado a taxa Selic num ritmo consistente de 0,50 ponto percentual por reunião, deixando os juros no patamar atual de 11,25%.
Apesar do afrouxamento monetário em andamento, parte dos mercados tem dito que, desde que o Copom não acelere o passo de redução dos juros, o real deve continuar sendo atraente para uso em estratégias de "carry trade" ?tomada de empréstimo em país de taxas baixas e aplicação desses recursos em praça mais rentável.
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