No início do ano, muitas pessoas buscam organização financeira para que os próximos 11 meses possam fluir com mais clareza. De acordo com o relatório Raio-X dos Brasileiros em Situação de Inadimplência, oito em cada dez famílias brasileiras encerraram o ano de 2023 endividadas, e um terço têm dívidas em atraso.
Para o professor Leandro Esquincalha, do curso de Gestão da Estácio, a visualização das dívidas colabora para ter clareza de onde dinheiro está indo de fato, "o que faz com que tomemos melhor consciência nas próximas compras e evitemos um possível comportamento repetitivo de gastos impulsivos”.
Segundo a pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia, o cartão é a fonte de 60% dos débitos em aberto no ano passado, porcentagem que superou a de 2022, de 56%.
“Para quem tem contas atrasadas, a dica é tentar negociar buscando um desconto para pagar à vista ou tentar um parcelamento”, direciona Leandro.
Ainda segundo o levantamento, 43% da população lida com esse desafio atualmente, proporção que subiu em relação ao ano passado, quando era de 40%.
Para aqueles que estão com o financeiro saudável, o ideal para mantê-lo assim é estabelecer objetivos financeiros. Seja fazer uma viagem, comprar um novo celular ou guardar para a aposentadoria. Saber onde a pessoa deseja investir o dinheiro ajuda a tomar melhores decisões. O especialista lembra ainda que um bom planejamento pode levar à redução de gastos com supérfluos.
“É muito importante manter o hábito de saber exatamente quanto se ganha e qual o valor das despesas fixas, assim, fica mais clara a visualização sobre qual o valor disponível. Desta forma, é possível ter um controle maior e evitar gastar mais do que se ganha ao fazer compra de algo que não estava na sua relação de custos fixos ou que não seja essencial”, afirma.
Além desses passos para a organização, é aconselhado que uma porcentagem da renda seja guardada todo mês para compor uma reserva de emergência.
“Imprevistos acontecem e para não desequilibrar as finanças, ter um fundo de reserva é ideal para cobrir os gastos que podem vir sem avisar, como despesas de hospital, por exemplo. O equivalente a três meses de salário são um bom começo”, orienta.
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