No mês em que se comemora o dia das crianças, nesta quarta-feira (12), uma importante ferramenta é fundamental no desenvolvimento dos pequenos são as brincadeiras. Através de atividades recreativas com o uso de brinquedos, por exemplo, são capazes de desenvolver uma melhora na evolução cognitiva e motora durante a infância.
De acordo com a neuropsicopedagoga, Jéssica Ferreira, o ato de brincar é uma das formas mais eficazes e motivadoras de aprendizagem. Isso porque a brincadeira desenvolve nas crianças diversas dimensões, como física, emocional, social, cognitiva e psicomotora.
Ainda de acordo com a neuropsicopedagoga, em meio há uma grande diversidade de brinquedos disponíveis no mercado, é importante ficar atento às brincadeiras e brinquedos que atendam a faixa etária de cada criança.
“De modo geral, temos muita coisa bacana no mercado no quesito diversidade de estímulos e, ao mesmo tempo, também é possível pensarmos naquelas brincadeiras que não precisam necessariamente de algum recurso para serem eficientes e prazerosas. Mas, se tratando de qualidade, é importante prezar por brincadeiras e brinquedos que atendam à faixa etária da criança e não estimulem qualquer tipo de violência ou a ponham em risco.”
De acordo com o Comitê Gestor da Internet, cerca de 95% das crianças e adolescentes usam aparelhos celulares no acesso a sites e aplicativos. Os dados são de 2019. O uso recomendado de telas pela Sociedade Brasileira de Pediatria é de até 1h para crianças de 2 a 5 anos e 2h entre 6 e 10 anos de idade.
A neuropsicopedagoga, Jéssica Ferreira, relata sobre o equilíbrio necessário no uso de dispositivos móveis pelas crianças. De acordo com ela, problemas emocionais e de saúde podem aparecer pelo uso excessivo de celulares durante a infância.
“Nos dias atuais a tecnologia pode ser uma grande aliada no processo de aprendizagem. Nossas crianças estão cada vez mais conectadas e dominantes da linguagem web. Entretanto, precisamos pensar muito no equilíbrio necessário quanto à exposição e uso de ferramentas tecnológicas. As crianças que possuem este contato precocemente podem ter algumas privações em seu desenvolvimento social e físico, por exemplo, entre outras questões emocionais e de saúde que podem ser desencadeadas.”
Por outro lado, existem atividades eletrônicas, como jogos, por exemplo, que podem ajudar no desenvolvimento dos pequenos, desde que o ideal seja o equilíbrio recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
“Assim como existem jogos eletrônicos que podem causar problemas no desenvolvimento da criança, temos também aqueles criados com intencionalidade pedagógica e que podem compor o processo de ensino-aprendizagem na escola ou no ambiente familiar. O ideal é respeitar o tempo indicado pela SBP e fazer o uso aliado a objetivos de aprendizagem.”
Por fim, a neuropsicopedagoga relata que toda a criança deve ter acesso a atividades recreativas. Passar a infância sem ter acesso a esses recursos, podem trazer consequências no desenvolvimento socioemocional.
“Primeiramente, se uma criança é privada de brincar, está sendo tirado-lhe um direito universal de desenvolvimento. Além de diversas consequências de cunho psicomotor, haverá também uma grande lacuna no que diz respeito ao seu desenvolvimento socioemocional. Brincar é direito de toda criança, mesmo que não seja com os recursos tecnológicos ou inovadores. A criança tem direito de se expressar, aprender e se desenvolver por meio da brincadeira.”
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