A soberania digital da população brasileira é sólida em geral, mas varia muito entre as regiões. As áreas rurais e pobres, em particular, são mal atendidas, enquanto as habilidades digitais são fortes nas metrópoles.

A operação de computadores, smartphones e outros dispositivos finais tem se tornado cada vez mais intuitiva nos últimos anos. No entanto, são necessárias certas habilidades para usá-los corretamente.

As tecnologias digitais estão se fundindo cada vez mais com nossa vida cotidiana. Algumas delas são formas digitalizadas do que conhecemos do mundo físico. Entretanto, a digitalização muitas vezes também permite experiências e possibilidades completamente novas, como a realidade virtual ou a inteligência artificial.

A importância das habilidades digitais no mundo atual

A alfabetização digital é uma das oito habilidades mais importantes do século XXI. É um pré-requisito básico para a educação, a participação social, a integração, a empregabilidade e o lazer.

Cada vez mais áreas do mundo moderno estão sendo digitalizadas, e aqueles que não têm as habilidades necessárias para aproveitar essas oportunidades estão se excluindo.

Embora atualmente quase sempre exista uma alternativa analógica, é provável que esse não seja mais o caso no futuro. O futuro é o digital, e muitos serviços, bem como informações, serão fornecidos principalmente pela Internet. Para existir em uma comunidade, interagir com ela e se desenvolver, as habilidades digitais básicas são essenciais.

Não se trata apenas de saber como usar a Internet. A competência digital inclui vários fatores:

  • Criação independente de conteúdo digital
  • Colaboração e comunicação direta com outras pessoas
  • Compreensão de como lidar com dados e informações
  • Conscientização sobre a segurança na Internet
  • Pesquisa independente para resolver problemas

Algumas regiões do Brasil abrigam grupos altamente vulneráveis que têm muito poucos pontos de contato com a Internet. Em janeiro de 2023, o presidente Lula aprovou uma lei para promover a inclusão digital de forma mais intensa.

Metas no Brasil - igualdade em todos os limites da cidade

A nova política pública prevê que a promoção de habilidades digitais seja baseada em quatro pilares. O primeiro e mais importante é a inclusão digital. Muitas escolas do país já estão usando a tecnologia na educação, mas esses resultados se baseiam principalmente no compromisso ativo dos professores e diretores. Do ponto de vista político, ainda há espaço para melhorias a fim de criar acesso igualitário às oportunidades digitais também nas regiões mais pobres.

Durante a pandemia do coronavírus, ficou clara a importância da alfabetização digital para todos os níveis da sociedade no país. Isso também dá às famílias menos favorecidas financeiramente a oportunidade de continuar seus estudos e aos seus filhos a chance de ter uma boa educação escolar. Em São Paulo, os professores decidiram separar seus alunos durante os lockdowns (confinamentos). Foram formadas turmas com alunos com necessidades especiais e aqueles que precisavam de educação regular. As equipes de professores garantiram que todas as atividades e aulas estivessem disponíveis para todos os alunos, independentemente de sua origem.

O projeto acabou fracassando porque havia poucos computadores disponíveis nas residências mais pobres e o acesso à Internet não estava disponível de forma homogênea em todos os lugares. Os professores demonstraram seu alto nível de comprometimento enviando pacotes de dados com conteúdo de ensino para seus alunos via WhatsApp. Eles distribuíram mensagens de voz e deram aulas por meio de chamadas de vídeo. A pandemia deixou claro que muita coisa não funciona sem comprometimento e conhecimento digital.

Foco em pesquisa e ciência

Se alguns dos alunos de uma classe escolar nunca tiveram contato com um laptop ou computador, não será possível atingir o mesmo nível de educação. Entretanto, como os políticos veem a educação escolar como o segundo pilar da alfabetização digital, é de se esperar que isso seja remediado. O objetivo é garantir que a população mais jovem tenha acesso gratuito à Internet e aos dispositivos correspondentes. O objetivo é garantir que as crianças e os jovens sejam capazes de lidar com o mundo digital desde cedo.

O terceiro pilar trata da especialização e do treinamento digital. O país quer promover estagiários que se especializem em tecnologias, fundamentos e aplicativos digitais. Os brasileiros devem ter acesso ao conhecimento e às informações para que tenham oportunidades de entrar nesse campo de trabalho especializado. Sem habilidades digitais, parte do mercado de trabalho altamente competitivo do país permanece fechada. Principalmente, nas grandes cidades e em empresas de renome, funcionários sem experiência digital se tornaram impensáveis.
Por meio da pesquisa e da ciência, o governo quer ajudar o país a desenvolver novos conhecimentos e a se tornar uma parte valiosa de programas e redes internacionais. O conhecimento científico está disponível, e o crescimento econômico do país pode ser impulsionado pelo reconhecimento global.

Vozes críticas sobre a digitalização são frequentes no Brasil

O brasileiro jovem e moderno tem sede de conhecimento e se interessa pelas possibilidades digitais. Em muitos bairros remotos e locais predominantemente habitados por pessoas mais velhas, o feedback é muito mais negativo. Em geral, faltam as habilidades mais básicas necessárias para desenvolver o conhecimento sobre o mundo digital. Além disso, nem mesmo as instituições oficiais aprovam todas as mudanças.

Por exemplo, houve três vetos contra a lei aprovada pelo presidente. O Ministério da Educação do Brasil protestou contra o fato de que as habilidades digitais e a educação continuada deveriam ser padrão nas escolas primárias e secundárias. Ele criticou a falta de aprovação do Conselho Nacional de Educação. Outro veto dizia respeito ao fato de que o fundo de financiamento estudantil do Brasil deveria investir principalmente em idiomas e tecnologia da computação no curto prazo. Esse ponto foi retirado. O terceiro veto tratava da definição básica de "livro" (formato digital e analógico).

Apesar das críticas, grande parte da população brasileira tem conhecimento digital e está aberta a encontrar seu caminho no mundo virtual. A formação profissional, a educação, a aquisição de conhecimento e até mesmo a possibilidade de desenvolver seus próprios produtos são fatores que também chegaram à sociedade. Do outro lado da moeda, estão os inovadores do país, que certamente podem ser vistos como lucrativos.

Por exemplo, a Universidade de Bristol se uniu a uma organização sem fins lucrativos do país para desenvolver um jogo de videogame. No entanto, o "Futuro Chama" não era apenas para fins recreativos, mas principalmente para criar consciência digital. O tema central era o impacto da desinformação nas redes sociais. As oficinas de alfabetização digital ainda hoje usam o jogo para ajudar a fortalecer as habilidades de uma comunidade marginalizada.

Conclusão: o Brasil se concentra na educação digital

Embora o país esteja longe de ter acesso igualitário aos recursos digitais, sempre há relatórios positivos sobre suporte e inclusão. Os professores e as universidades também estão particularmente comprometidos com o desenvolvimento e o fornecimento de soluções por iniciativa própria. E a maioria da população brasileira está disposta a aceitar essas ofertas.

https://unsplash.com/de/fotos/mfB1B1s4sMc - Alfabetização digital: capacitando comunidades por meio de educação tecnológica acessível

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