Nesta quinta-feira (22), Dia Nacional de Paralisação pela Valorização da Educação, os trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Governador Valadares e Juiz de Fora) e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (Juiz de Fora e Santos Dumont), paralisaram em favor da reestrutura na educação.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFJF (SINTUFEJUF), a adesão foi aprovada em assembleia geral, na última segunda-feira (19), com uma votação de 98,8% dos votos favoráveis. "O mote, 'Se não reestruturar, a educação vai parar!', é uma mensagem direta ao governo federal para atender às demandas da categoria, explica em nota.

Coincidindo com a realização da 3ª Mesa Específica e Temporária, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) convocou a paralisação como forma de intensificar as ações e pressionar por respostas concretas do governo. A Federação tem como orientação promover paralisações, atividades públicas, assembleias e panfletagens em todo o país, fortalecendo a luta por valorização de carreira, salários e equiparação de benefícios.

O coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, explica que o movimento busca pressionar o governo a apresentar uma proposta digna em reunião. Segundo ele, a categoria há meses aguarda uma resposta sobre a reestruturação do Plano de Carreira dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e espera que este seja um passo importante na busca por um acordo. O Ministério de Gestão e Inovação recebeu, em outubro, uma proposta da FASUBRA, que também é a proposta do SINASEFE, de reestruturação do PCCTAE, o Plano de Carreira dos Técnico-Administrativos, "e demorou todo esse tempo para agendar uma reunião para nos responder", relata. A expectativa é que um acordo de reestruturação do plano possa ser fechado e, nesse sentido, Flávio conta que a paralisação é uma atividade de mobilização que se soma a outras que já aconteceram.


Apoio à causa

Entre essas ações, o coordenador destaca que os sindicatos por todo o Brasil, orientados pela Federação, tiveram interlocução com os reitores para que eles reforcem junto ao governo a importância de ter uma valorização dos profissionais que trabalham nas universidades e nos institutos federais e também com diversos parlamentares para que esse diálogo seja efetivo com o governo federal. “Nós, nessa busca pela reestruturação de carreira, temos tentado sensibilizar o governo, sensibilizar os atores e atrizes envolvidos nessa discussão, baseado na condição de trabalho que hoje se apresenta”, conta Flávio.

Durante essa interlocução com os reitores, a categoria recebeu o compromisso de apoio tanto do reitor da UFJF Marcos David, quanto do reitor André Diniz, do IF Sudeste MG, que se dispuseram a contribuir e têm feito declarações públicas e também junto às suas entidades representativas dos reitores, tanto Andifes quanto Conif. De acordo com o sindicato, Marcus David enfatizou que a valorização das carreiras técnico-administrativas é fundamental para a qualidade da educação superior, enquanto André Diniz reconheceu a importância dos técnicos para o funcionamento das instituições e comprometeu-se com a luta pela reestruturação da carreira.

Além disso, Flávio conta que o apoio político também foi evidente, com a deputada federal Ana Pimentel (PT) reafirmando sua defesa da reestruturação da carreira em reuniões com o SINTUFEJUF em Juiz de Fora e com a Fasubra, em Brasília. O deputado federal Leonardo Monteiro (PT) de Governador Valadares também se comprometeu com a causa, reunindo-se com a representação dos técnicos do campus avançado da UFJF no município.

Conforme Flávio, a reivindicação dos TAEs é justa, uma vez que diversas outras categorias já conquistaram a reestruturação, enquanto que o PCCTAE, que ocupou terceiro lugar na plataforma de participação da população, Brasil Participativo, foi a mais votada da área de educação do país, e a terceira geral, foi deixada de lado. “Foram mais de 80 mil pessoas que se mobilizaram para votar nesse mecanismo criado pelo próprio governo. E o que a gente cobra agora é que o governo cumpra seu compromisso de investir os recursos nas áreas que tivessem maior participação social nessa pesquisa que ele fez.”, justifica.

Os trabalhadores da UFJF e do IF Sudeste MG enfatizam a importância da paralisação. Sandro Teófilo, da reitoria do IF Sudeste MG, em Juiz de Fora, destaca a necessidade de negociar com o novo governo e a relevância da unidade sindical. “A importância da paralisação é porque a gente já vem de muitos anos de defasagem da reposição salarial.” , afirma.

Douglas Nascimento Zancanella, do campus de Santos Dumont do IF Sudeste MG, reforça a importância de pressionar o governo para melhores condições de trabalho e reajustes salariais. “Isso tudo são pautas da nossa categoria que a gente precisa trabalhar, precisa reivindicar e precisa desses momentos de paralisação e de pressionar o governo para que a gente possa ter algum êxito no movimento”, opina

Thamiris Vilela Pereira, da UFJF, salienta que a luta é pela valorização efetiva da carreira, que tem sido negligenciada nos últimos anos. “Eu acho importante a presença de todos os TAEs aqui no ato, para a gente fortalecer a nossa luta pela reestruturação da carreira, que tem estado esquecida nos últimos anos”, comenta.

SINTIFEJUF - Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFJF e IF Sudeste MG paralisam as atividade em Dia Nacional de Paralisação pela Valorização da Educação

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