Vestibulandos devem se atentar para atualidades Estudantes que têm o hábito de ler jornais e revistas podem encontrar mais facilidade para resolver as provas
Repórter
14/11/2008
O número de questões em prova de vestibular que relaciona fatos históricos com a atualidade é cada vez mais freqüente. O professor de história Edmar Elias Abib afirma que a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), assim como outras instituições de ensino superior da região, cobram que os alunos interpretem o cotidiano e façam uma análise crítica dos acontecimentos.
A estudante Desireé Nogueira da Silva , 18 anos, que tenta ingressar
para a faculdade de Engenharia Elétrica, afirma que pretende prestar mais atenção aos fatos noticiados
na mídia nessa reta final. "É tanta matéria que temos estudar que acabei deixando
um pouco de lado a leitura de jornal de revistas."
Quem está acompanhando os fatos enfatizados pela imprensa desde o início do ano pode encontrar mais facilidade para resolver os itens sobre atualidade, já que é comum as questões serem baseadas em algum arquivo de jornal.
Professores e alunos especulam sobre os assuntos factuais que podem ser cobrados. Crise financeira internacional, eleições nos Estados Unidos, Amazônia, mudanças climáticas, biodiesel, China e América Latina são alguns dos temas em destaque no mundo, mas qual têm mais probabilidade de aparecer na prova?
Abib diz acreditar que as instituições podem cobrar a crise econômica internacional
comparando com a crise de 1929.
"A proporção do fenômeno atual é bem menor, no entanto,
o processo é o mesmo. Já está aumentando o índice de desemprego, assim como ocorreu
na depressão econômica da década de 30."
Outra forma de abordar a crise internacional
é questionando sobre as influências na economia brasileira.
Segundo o professor de história, a eleição presidencial em território norte-americano
também pode ser cobrada. "Acredito que possa ter uma questão exigindo conhecimentos
sobre a base do pensamento republicano e democrático, através de recorte de um texto
ou reportagem. Outra possibilidade é comparar o sistema eleitoral dos Estados
Unidos com o brasileiro, aproveitando que este ano ocorreram as eleições municipais."
Sobre a América Latina, ele aposta nas análises dos governos venezuelano, de Hugo
Chaves, boliviano, de Evo Morales e brasileiro, de Luís Inácio Lula da Silva. Dois
aspectos podem ser explorados: o político e o econômico. Pode-se relacionar os presidentes
aos políticos populistas do passado no ponto de vista político. E sob aspecto econômico,
as relações comerciais entre os países.
"O fator político
tem mais chances de aparecer"
, conclui.
Além de assuntos atuais, Abib aposta que na prova de história vai aparecer uma questão
sobre a Era Vargas e outra sobre a Ditadura Militar. "Vargas todo ano cai e, como
ano passado teve uma questão sobre a redemocratização, é provável que este ano sejam
pedidos fatos do período anterior, ou seja, da Ditadura"
, justifica.
Além de se dedicar aos estudos pelos livros e às leituras de jornais e revistas é importante que os vestibulandos também assistam a filmes para entender o contexto de alguns fatos históricos. Faltando poucos dias para iniciar a maratona das provas, vale para os estudantes revisar alguns conteúdos e fortalecer os pontos fracos através de exercícios. Para Abib, o principal é ter tranqüilidade.