SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - "Somos uma equipe que raramente passa em branco nos jogos. Costumamos carimbar o gol, mas hoje não conseguimos". Foi com esta frase que Abel Ferreira ressaltou o ataque do Palmeiras mesmo após a derrota para o Athletico, em jogo realizado na quarta-feira (30) pela ida da semifinal da Libertadores que acabou em 1 a 0 para os paranaenses.
O fato de o time não ter balançado as redes adversárias chateou o técnico português, que enfatizou, na entrevista coletiva, o gol perdido por Flaco López ainda no início duelo, realizado na Arena da Baixada.
"É verdade que nosso adversário, em determinados momentos do 1° tempo, nos empurrou. Mas tivemos duas oportunidades que poderíamos ter feito. Uma nos pés do López, que estava sozinho, isolado... Faltou um pouco mais de calma, e seguramente ele na próxima vai ter mais calma para dar dois toques e não ser precipitado na finalização", disse Abel.
O tom de lamentação se justifica por parte de um treinador acostumado a celebrar gols. Em 59 jogos do Palmeiras realizados no ano ? incluindo a derrota de quarta?, foram impressionantes 113 gols marcados, totalizando uma média de quase dois gols por partida.
De todos os confrontos, em apenas oito deles o time não balançou as redes adversárias. Curiosamente, só há duas equipes repetidas na lista que viraram "pedras no sapato": o próprio Athletico de Felipão e o Atlético-MG. Eles se juntam a Inter de Limeira, São Paulo, Flamengo e Fortaleza.
Os mineiros são considerados carta fora do baralho, já que acabaram eliminados por Abel e seus comandados na Libertadores em disputa de pênaltis após um 0 a 0.
O desfecho, no entanto, não será o mesmo em caso de placar zerado diante dos paranaenses na partida de volta, que acontece na terça-feira (6), dentro do Allianz Parque.
Depois do 1 a 0 sofrido na quarta, o Palmeiras precisa marcar ao menos uma vez para sonhar com uma vaga na final da Libertadores.
Abel mostrou confiança no poder ofensivo de seu elenco para reverter a vantagem, mas ressaltou a necessidade de mostrar mais eficácia.
"O futebol, nestas fases, é decidido por pormenores. Temos de estar de olho porque o Athletico é uma equipe que sabe jogar da forma que joga. Mas agora é na nossa casa e vamos fazer o que for preciso para virar. Temos que ter calma, ser inteligentes e, das duas oportunidades que tivermos, fazer uma, coisa que não fizemos hoje", finalizou o português.
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