SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A volta do GP do Japão após três anos pode ser a corrida do bicampeonato mundial para Max Verstappen. O holandês precisa fazer pelo menos oito pontos a mais do que Charles Leclerc e seis pontos a mais do que Sergio Perez para ser campeão com quatro corridas para o final do campeonato da Fórmula 1.
Isso significa que, se ele vencer e tiver a volta mais rápida, já pode comemorar, independentemente do resultado dos rivais. Verstappen vem de um final de semana frustrante em Singapura, mas deve ter um carro bastante competitivo na pista recheada de curvas de alta velocidade e com pouca margem para erro, com várias áreas de escape com brita e muros próximos.
Inclusive, justamente pela sequência de curvas de alta velocidade, a prova de Suzuka será um bom teste para os novos carros, pois deve ser mais fácil manter-se perto do rival para tentar a ultrapassagem do que em anos anteriores.
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COMO ACOMPANHAR O GP DO JAPÃO
Sexta-feira, 7 de outubro
Treino livre 1, das 0h à 1h30: BandSports
Treino livre 3, das 3h às 4h: BandSports
Sábado, 8 de outubro
Treino livre 3, das 0h à 1h: BandSports
Classificação, das 3h às 4h: Band/BandSports (transmissão começa 2h30)
Domingo, 9 de outubro
Corrida, a partir das 2h: Band e BandNewsFM (transmissão começa à 1h30, com VT às 19h)
CIRCUITO DE SUZUKA
Distância: 5.807m
Recorde em corrida: 1min30s983 (Lewis Hamilton, Mercedes, 2019)
Número de voltas: 53
DRS - 1 zona
Deteção após a curva 15 (130R)
Ativação na reta principal
Pneus disponíveis: C1 (duros), C2 (médios) e C3 (macios)
Resultado em 2019
Pole position: Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min27s064
Pódio:
1º Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1h21min46
2º Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) +13s343
3º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) +13s858
CARACTERÍSTICAS DA PISTA DO JAPÃO
Muito desafiadora, com curvas de alta velocidade e muros próximos, Suzuka é uma das pistas prediletas dos pilotos. Os trechos que mais se destacam são a sequência de esses em subida, com vários pontos cegos, no primeiro setor, as duas curvas Degner, que costumam jogar os carros que vêm rápidos demais para fora, e a 130R, ainda que esta última venha sendo feita com pé embaixo na maioria das situações.
Mas há previsão de chuva para este fim de semana, o que é outra característica do GP do Japão, que já teve sessões atrasadas por conta da tufões ao longo dos anos. É praticamente certo que choverá na sexta-feira, o que prejudicaria a preparação das equipes e pilotos em um circuito que ficou fora dos dois últimos campeonatos por conta da pandemia. E também há chances menores de chuva no domingo.
Para segurar o carro nas curvas de alta velocidade, é preciso aumentar o nível de downforce no carro, mesmo que isso vá prejudicar nas retas (que, por sua vez, não são longas). É importante que o carro esteja neutro principalmente para a primeira parte da volta, com uma sucessão de mudanças de direção em alta velocidade.
A média do número de ultrapassagens dos últimos quatro anos em que o GP foi realizado é de 46, ou seja, o GP do Japão costuma ficar acima da média em termos de mudanças de posição, e a expectativa é que, com os novos carros, a corrida fique ainda mais movimentada.
CURIOSIDADES SOBRE O GP DO JAPÃO
Suzuka recebeu seu primeiro GP de Fórmula 1 em 1987 e rapidamente se tornou um clássico para o público brasileiro. Isso porque, logo na primeira corrida, Nelson Piquet celebrou o tricampeonato, quando Nigel Mansell se machucou em um acidente na classificação e não pôde correr. Nos quatro anos seguintes, Ayrton Senna estava decidindo o título em Suzuka, ganhando três vezes e perdendo em corrida polêmica de 1989.
A pista de Suzuka foi construída como banco de testes para a Honda nos anos 1960. Originalmente um trecho cruzaria outro por meio de pontes três vezes. Mas, no desenho final, isso só acontece uma vez, dando o formato característico de um número 8 à pista. É o único circuito do calendário em que isso acontece.
Apesar de Max Verstappen poder selar o bicampeonato em Suzuka, ele nunca venceu no Japão. Lewis Hamilton tem cinco vitórias em Suzuka, Sebastian Vettel tem quatro, Fernando Alonso tem duas e Valtteri Bottas foi o vencedor em 2019.
A última fatalidade na Fórmula 1 ocorreu após um acidente sob chuva nas voltas finais do GP de 2014. Jules Bianchi sofreu lesões cerebrais após se chocar com um trator que fazia a remoção de outro carro, ficou em coma e morreu oito meses depois. Jovem promessa da academia da Ferrari, Bianchi era padrinho de Charles Leclerc. A família dos dois é bastante próxima.
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