SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A insatisfação de Kylian Mbappé com sua função exercida no ataque do Paris Saint-Germain está repercutindo na França. Após o camisa sete afirmar que possui mais liberdade na seleção francesa do que no time parisiense e ter se incomodado por atuar como pivô no empate por 0 a 0 com o Reims, o técnico Christophe Galtier abordou o assunto e disse que conversou com o jogador.

Em entrevista coletiva, o treinador do time explicou que não pretendia escalar Mbappé como um 'camisa nove' antes do início da temporada, mas teve que se adequar ao perfil de seus atacantes. Além disso, Galtier destacou que o PSG é "muito sensível" às observações do craque de 23 anos e que está tentando encontrar meios para tranquilizá-lo.

"Kylian já está com onze gols e sei que ainda vai marcar muito. Eu tento tranquilizá-lo encontrando opções diferentes [no ataque]. Somos muito sensíveis às suas observações e pensamentos, porque ele é um jogador muito importante na equipe", afirmou o técnico do PSG.

Galtier iniciou sua fala comentando como o atleta reagiu após a última partida do time e disse que está ciente de seu sentimento com a função desempenhada. "Uma reação quente depois de um momento de decepção. Conversamos muito com ele no início da temporada e estive atento à sua declaração na seleção francesa de que se sentia melhor na formação ofensiva dos Blues", introduziu.

"Não sei o que foi dito a ele antes de eu chegar a Paris, mas, ao longo da preparação, conversei muito com Luis Campos e o presidente [Nasser al-Khelaïfi] para ter um quarto atacante, com outro perfil. O que poderia permitir escalar com dois atacantes e Kylian evoluir em sua área preferida", explicou.

Apesar de possuir um ataque formado por Neymar, Messi e Mbappé, o PSG não conta com um jogador com características para ser referência na área. O time francês até contratou o jovem Hugo Ekitike para a posição, mas o jogador de 20 anos é visto como uma aposta para o futuro e não como uma solução imediata.

"Hoje, temos outros jogadores, totalmente diferentes, mas de classe mundial. Kylian às vezes se encontra no centro e tem a sensação de ser um pivô, mas ele é um jogador inteligente, capaz de se adaptar. Falei com ele [após o jogo contra o Reims]", emendou.

"Para falar a verdade, ele não deveria nem ter jogado, estava doente. Já havia a ausência de Leo, Neymar estava com dores musculares, então Kylian jogou doente e cansado em uma partida que deu errado para nós", concluiu Galtier.

Apesar do tropeço, o PSG continua invicto no Campeonato Francês e está na liderança, com 26 pontos conquistados.


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