SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - José Mourinho lamentou a realização da Copa do Mundo do Qatar no fim do ano -o Mundial costuma ocorrer no meio do ano- após a lesão de Paulo Dybala, que corre risco de perder o torneio.

Exames médicos realizados ontem confirmaram uma lesão no músculo reto femoral esquerdo do atacante argentino. Dybala precisará ficar afastado dos gramados por, pelo menos, quatro semanas.

Mourinho foi questionado em entrevista coletiva se a preparação dos atletas na temporada 2022-23, com pausa para a Copa após quatro meses de partidas nos clubes, aumenta o risco de lesões.

"Já falávamos sobre isso há muito tempo: já há quatro, cinco anos estávamos falando sobre essa Copa do Mundo. No entanto, a verdade é que este é o momento que vivemos com esse tipo de situação. Aprendi a chorar menos do que antes e a conviver com a realidade das coisas", disse Mourinho.

O português ainda se queixou sobre as diferenças de realidade de clubes ricos e pobres, segundo ele.

"Eu poderia dizer que se joga demais, eu poderia dizer que os jogadores de hoje em relação aos de ontem têm uma carreira completamente diferente, eu poderia dizer que os clubes mais ricos são privilegiados porque eles podem rodar o elenco enquanto os clubes menos ricos apresentam maiores dificuldades", afirmou o treinador.

"Mas a verdade é que existem os ricos, os pobres e os menos ricos. Os pobres jogam um jogo por semana e se preparam para um jogo por semana. Os ricos, com os elencos que têm, podem jogar todos os dias e trocar dez jogadores", declarando Mourinho, que classificou a Roma como um clube "menos rico".

"Os menos ricos, que têm ambições equilibradas e têm de jogar o mesmo número de partidas que os ricos, são os que estão em dificuldade. E esta é a experiência que estou vivendo agora."


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