UOL/FOLHAPRESS - A Fórmula 1 chega a sua antepenúltima etapa da temporada em um de seus circuitos mais únicos. O GP da Cidade do México é o único realizado em altitude suficiente para afetar bastante a maneira como as configurações dos carros são pensadas. Para conseguir uma pressão aerodinâmica mínima, parecida com pistas de muitas retas como Monza, é preciso usar uma configuração aerodinâmica semelhante à usada em Mônaco.

É como se dois dos maiores extremos da temporada se juntassem. Tudo por conta da menor resistência ao ar que os carros encontram nos 2.240 m de altitude da Cidade do México. Para efeito de comparação, o circuito mais próximo em termos de altitude no campeonato é o do Brasil, que fica 760 m acima do nível do mar.

CARACTERÍSTICAS DO CIRCUITO

As equipes usam sua configuração máxima de pressão aerodinâmica e, ainda assim, os pilotos sentem muita falta de aderência nas freadas. Isso tem a ver com a pouca resistência ao ar, relacionada à altitude. O resultado são carros bastante nervosos.

Outro problema relacionado à altitude é a alimentação de oxigênio do turbo. A turbina passa a girar mais rápido para compensar e isso pode ser ruim para o desempenho de algumas unidades de potência.

Mesmo tendo a maior zona de DRS de toda a temporada, não é fácil ultrapassar no México. Os números das últimas temporadas ficaram um pouco abaixo da média e a asa traseira foi usada em mais de 70% das manobras, o que é uma porcentagem alta.

HISTÓRICO

O início da história do GP do México remonta aos anos 1960. Este será o 22° GP no país. A primeira passagem da prova foi entre 1963 e 1970. Outras sete corridas foram realizadas de 1986 a 1992 e depois de uma ausência de 23 anos, a F1 voltou aqui em 2015. Todas as corridas aconteceram na pista que antes tinha o nome de circuito Magdalena Mixhuca e mais tarde foi rebatizado de Autódromo Hermanos Rodríguez, em homenagem aos irmãos Ricardo e Pedro Rodriguez, que correram na F1 nos anos 60.

O GP do México foi o palco de cinco decisões de título na F1 ao longo da história: além do penta e hexa de Hamilton entre 2017 e 2018, John Surtees foi coroado campeão por lá em 1964, Denny Hulme em 1967 e Graham Hill em 1968.

Assim como o GP de São Paulo, a prova foi rebatizada em 2021 como GP da Cidade do México, uma vez que o governo local assumiu o pagamento das taxas de realização da prova junto à F1 e deseja usar o evento como forma de promover o turismo na capital.

Como acompanhar o GP da Cidade do México:

Sexta-feira, 28 de outubro

Treino livre 1, das 15h às 16h: Bandsports

Treino livre 2, das 18 às 19h: Bandsports

Sábado, 29 de outubro

Treino livre 3, das 14 às 15h: Bandsports

Classificação, das 17h às 18h: TV Bandeirantes e Bandsports

Domingo, 30 de outubro

Corrida, a partir das 17h: BandSports e BandNewsFM (transmissão começa às 16h30)

Raio-X do Circuito Hermanos Rodríguez

Distância: 4.304 metros

Número de voltas: 71

Recorde em corrida: 1min17s774 (Valtteri Bottas, Mercedes, 2021)

DRS - 2 zonas

DRS 1: Detecção antes da curva 10 e ativação entre as curvas 11 e 12

DRS 2: Detecção na curva 15 e ativação na reta principal e depois da curva 3

Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)

Resultado de 2021

Pole Position: Valtteri Bottas (Mercedes/FIN) - 1min15s875

Pódio:

1º Max Verstappen (Red Bull/HOL) 1h38min39s086

2º Lewis Hamilton (Mercedes/ING) +16s555

3º Sergio Perez (Red Bull/MEX) +17s752


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