SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel se posicionou em relação às Eleições presidenciais de 2022 e declarou não apoiar nenhum dos candidatos que disputam o segundo turno, Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Em nota oficial, publicada nas redes sociais, a torcida ressalta a neutralidade e declara que "sua função social não é participar dos rumos e das construções políticas que dinamicamente constituem um país", conforme diz um trecho do comunicado.

Nos comentários da postagem, é possível ver torcedores contestando o posicionamento considerado isento da maior torcida organizada corintiana. "Diante do fascismo, esperava um posicionamento bem claro na verdade. Se perderam nos próprios valores do clube", diz o mais curtido dos mais de 7 mil comentários da publicação no Instagram.

Apesar do posicionamento oficial da Gaviões, não raro, é possível ver referências à Lula e xingamentos a Bolsonaro na Fiel torcida, tanto nas redes sociais, quanto nas arquibancadas, principalmente durante o período eleitoral.

Durante a partida de ontem (26) entre Corinthians e Fluminense, por exemplo, foi possível ver uma bandeira do petista no meio da arquibancada corintiana, justamente no setor onde a gaviões costuma ficar. Gritos de "Ole, ole, ole, olá, Lula, Lula" e ofensas a Bolsonaro ecoaram na Neo Química Arena, antes e depois do jogo.

Alinhado com pautas sociais e com referências constantes à defesa da democracia, o Corinthians foi pioneiro em movimentos na politização do futebol.

A "Democracia Corintiana", na década de 1980, liderada por nomes como Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon é considerada como um dos principais movimentos ideológicos da história do futebol brasileiro.


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