SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Vasco venceu o Ituano por 1 a 0, no domingo (6), em Itu, e conseguiu o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro do ano que vem. O lance que originou a penalidade, convertida por Nenê e que definiu a partida, foi alvo de reclamação dos jogadores da equipe paulista por uma possível falta do atacante Raniel no goleiro Jefferson Paulino ?antes de Gabriel Pec pegar a sobra e o zagueiro Lucas Costa evitar o gol com a mão e ser expulso.

Renata Ruel, comentarista de arbitragem dos canais Disney, usou suas redes sociais para dizer que o jogador vascaíno cometeu falta clara no goleiro e que foi um 'erro gigantesco da arbitragem e do VAR.

"Foi falta clara no goleiro. Mais um erro gigantesco da arbitragem e VAR da CBF. O goleiro está no seu espaço, pratica a defesa e é derrubado, falta. É o pior ano que já vi da arbitragem e com grandes interferências", disparou.

O UOL Esporte entrou em contato com outros ex-árbitros opinarem sobre o lance e as repostas divergiram bastante.

Carlos Eugênio Simon concordou com sua companheira de trabalho nos canais Disney: "Falta. Na disputa de bola ele derruba o goleiro".

Quem não concordou com ambos foi Alfredo Loebeling, que acrescentou que esse tipo de lance não é para o árbitro de vídeo interferir.

"Esse choque é de jogo, não é falta do atacante. Os dois jogadores se chocam na jogada, isso aí é comum no futebol. Eu, honestamente, acho que se você começa a avaliar esse tipo de lance aí não dá, não é esse o papel do VAR. O papel do VAR é analisar erros grosseiros de arbitragem. Esse lance é interpretativo, eu não marcaria nada", disse.

Já o árbitro Guilherme Ceretta de Lima concordou com Renata Ruel, e criticou o árbitro Wilton Pereira Sampaio, quem apitou a partida e um dos representantes da arbitragem brasileira na Copa do Mundo do Qatar.

"Na Copa do Mundo se ele não der uma falta dessa... vai apitar um jogo só. Procura problema. No meu jogo isso é falta. Arbitro com essa experiencia, chamar essa responsabilidade para ele é muita falta de inteligência. Apita a falta, hoje ninguém estava falando dele. Parece que gosta de ser protagonista. Paciência. Quem perder a credibilidade é a arbitragem como um todo", opinou Ceretta.

Márcio Chagas, ex-comentarista de arbitragem do Grupo Globo, concorda com a decisão do árbitro do jogo e ressaltou que o goleiro não é intocável dentro da área.

"Eu particularmente não sei o motivo da reclamação do Ituano em relação a esse lance. Não foi absolutamente nada. O atacante do Vasco chega antes, chuta a bola, divide com o goleiro, um lance normal de disputa de bola. Não há falta. Literalmente uma dividida. Quem acha que goleiro não pode ser tocado dentro da área não leu o livro de regras. Acertou a arbitragem na decisão", analisou.


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