SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - A Alemanha começou, nesta quarta-feira (23), sua participação na Copa do Mundo do Qatar com protesto ?e fazendo história. Depois de o time posar para uma foto em que os jogadores aparecem tampando a boca, em sinal de censura a proibição de uso da braçadeira 'One Love', que apoia os direitos LGBTQIA+ em campo, a Ministra do Interior e dos Esportes do país também apareceu com o item na arquibancada do estádio em que ocorria a partida.
Nancy Faeser ocupa o cargo desde 2021 e foi fotografada na arquibancada com a braçadeira de capitão que o time foi proibido de usar em campo após censura do Qatar, país em que relações homoafetivas são considerados crimes, e da Fifa, que ameaçou dar cartão amarelo para os jogadores que usassem o acessório.
Ela é conhecida por sua luta a favor da diversidade e dos direitos iguais para mulheres e para a comunidade LGBT. Também critica de maneira veemente a extrema direita alemã. Por sua postura combativa, já recebeu diversas ameaças de morte de grupos extremistas.
Nesta quarta, Nancy publicou nas suas redes sociais a imagem dela usando a braçadeira com a hashtag #OneLove. Ela estava no meio de autoridades com do país sede do Mundial.
Pelo Instagram, ela criticou a proibição da Fifa.
"Rasga o coração de cada torcedor como a Fifa apoia esse conflito passando por cima dos jogadores. Neste momento, importa a atitude ?de todos, principalmente das associações", escreveu.
Em nota oficial, a Federação Alemã de Futebol disse que a braçadeira dá o exemplo dos valores pelos quais os atletas vivem na seleção.
"Com a nossa braçadeira de capitão quisemos dar o exemplo pelos valores que vivemos na seleção: a diversidade e o respeito mútuo. Seja alto junto com outras nações. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos não são negociáveis", escreveu a entidade.
A seleção alemã fez um protesto antes da partida contra o Japão nesta quarta, em sua estreia na Copa do Mundo do Qatar. Os jogadores colocaram suas mãos sobre a boca para simbolizarem que foram silenciados pela Fifa. A entidade proibiu o uso da braçadeira de capitão 'One Love', que apoia a causa LGBTQIA+.
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